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Grande Vitória deve seguir no risco alto e escolas podem ser reabertas

Grande Vitória deve seguir no risco alto e escolas podem ser reabertas

Em entrevista à  CBN Vitória nesta sexta-feira (30), o governador Renato Casagrande disse que a Região Metropolitana deve se manter na mesma classificação e afirmou que as aulas devem voltar a ocorrer presencialmente nas cidades em risco alto

Publicado em 30 de abril de 2021 às 13:49

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O governador Renato Casagrande durante ato simbólico de vacinação dos professores do ES
O governador Renato Casagrande durante ato simbólico de vacinação dos professores do ES. (Hélio Filho | Secom ES)

A pandemia dá sinais de desaceleração no Espírito Santo, ainda que o número de novos casos e mortes permaneçam em um patamar elevado. Esta é a visão do governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, que em entrevista exclusiva à Rádio CBN Vitóriano dia em que a emissora completa 25 anos no ar, salientou que a Grande Vitória deve permanecer no risco alto, patamar em que se encontra no mapa de risco da Covid-19 desde a última segunda-feira (26).

Na longa conversa ao vivo, o chefe do executivo disse que existe a possibilidade de cidades classificadas em risco alto no novo mapa de risco, que será divulgado nesta sexta-feira (30), voltarem a ter aulas presenciais nas escolas. O martelo em relação a este cenário deve ser batido após reunião da sala de discussão entre representantes da área de saúde do Estado e outras áreas relevantes tarde desta sexta.

"No ritmo de queda que estamos observando, a tendência é caminharmos para a volta das aulas com toda a cautela e seguindo os protocolos necessários. A regra atual é de que no risco moderado (amarelo) é que possamos ter as aulas com 50% de ocupação e no risco alto (vermelho) é permitido o atendimento individual. Mas hoje discutiremos na sala de situação, às 16 horas, a possibilidade de avançarmos um pouco mais. É possível que as escolas voltem a funcionar em um percentual menor (em relação aos 50% do moderado) nos municípios que permanecerem no risco alto", disse Casagrande.

Segundo o governador, a possibilidade de volta as aulas nas cidades em risco alto só foi colocada em pauta devido os efeitos positivos da quarentena feita no Espírito Santo.

"É muito bom a gente colher os resultados de um trabalho difícil em se fazer. A gente sabe que é um sacrifício para muita gente e aproveito a oportunidade para agradecer as pessoas. Tem um grupo que não liga em ajudar na redução da transmissão, mas a maioria ajuda e muito. A quarentena foi importante, salvou vidas e mostra um resultado muito bom (pelo menos 800 de acordo com o levantamento divulgado pelo Instituto Jones dos Santos Neves). Mas enquanto não há vacina para todo mundo, o vírus vai e vem com novas variantes, chega a pessoas antes não alcançadas mesmo reduzindo a taxa de transmissão, aumentado a disponibilidade de leitos e  diminuindo a ocupação. Chegamos ontem a 85% e temos a expectativa de alcançar uma velocidade maior na redução de óbitos, que o objetivo final de todo nosso trabalho", disse.

Após apresentar o novo cenário em relação à volta das aulas nas instituições de ensino, Casagrande abordou outros temas sobre a pandemia no Espírito Santo. Confira nos tópicos abaixo:

ATIVIDADES ECONÔMICAS

"O funcionamento das demais atividades já estão definidos e seguem nos mesmos parâmetros. No risco alto é permitido que todas as atividades econômicas funcionem de segunda-feira a sábado, com exceção dos bares. Os restaurantes seguem podendo estar abertos até às 8h da noite, as academias também podem funcionar dentro do que é permitido. É um processo de retomada consciente e que precisamos compreender que se a retomada for abrupta, corremos o risco de ao invés de cair a pandemia, voltarmos a curva para cima".

QUARTA ONDA

"Nós já vivenciamos no Estado três ondas da pandemia, a primeira nos meses de junho, julho e agosto, quando atingimos o pico da doença. A onda de dezembro e janeiro, e outra, a terceira, nos meses de fevereiro, março e abril, mas agora estamos em processo de queda. Mas temos que tomar todos os cuidados, pois certamente poderemos ter uma quarta no Espírito Santo. Isso poderá acontecer pelo ritmo (baixo) da vacinação".

MAIS 3,5 MILHÕES DE DOSES DA ASTRAZENECA

"O Ministério da Saúde recebeu ontem a primeira remessa da vacina da Pfizer, mas é muito pouco e o Estado deve receber  (que será distribuída na capital Vitória). Na semana que vem vai chegar mais vacinas da Butantan para a gente resolver a questão da segunda dose da Coronavac, que está em falta em diversos municípios (42 na atualização mais recente). Deve chegar mais também da AstraZeneca, então na semana que vem devemos ter um volume maior. A partir disso, começaremos a vacinar as pessoas com comorbidades e portadores de deficiência. Estamos tentando. Temos feito contato com representantes da AstraZeneca, que seja talvez a possibilidade maior de conseguirmos uma compra, mas é uma possibilidade, não há nada garantido. Negociamos um montante de 3,5 milhões de doses".

BUTANVAC

"Nós conseguimos no futuro, a Butanvac, mas não é agora. Já começaram a produção, estive lá pessoalmente no Butantan, são cinco meses pelo menos entre fazer as doses e a análise da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância sanitária) se tudo der certo. Segundo o Dimas Covas (presidente do Butantan) entre 4 e 5 meses nós teremos a vacina pronta para ser aplicada. É esta a expectativa, mas ainda precisa passar por toda fase de análise. O que fizemos foi nos antecipar em irmos até lá e reservamos uma cota de 4 milhões de doses dela. Até porque é bem provável que mesmo que vacinemos toda a população, pode ser que nos anos seguintes a gente tenha que continuar vacinando. Ainda não há garantia de que o cidadão fique imune ao vírus pelo resto da vida e precisemos aplicar doses de reforço permanentemente".

TESTE COM VACINA ITALIANA

"Poderemos ter um município do Estado que seja utilizado como base para os testes da terceira fase da ReiThera (vacina italiana). Há essas coisas que envolvem as relações internacionais, então é bom falar quando tivermos tudo assinado. Há sim uma intenção deles (italianos) em fazer o teste aqui no Espírito Santo, mas ainda não há nada oficial. Vamos deixando porque quem tem que anunciar são eles e mantemos contatos. Ainda será escolhido o município caso os testes venham a ser feitos aqui. Caberá ao Estado esta escolha quando tudo for formalizado".

Professores do ES recebem a primeira dose da vacina contra a Covid-19
O Espírito Santo pode ter algum município escolhido para testes da vacina ReiThera, de origem italiana. (Hélio Filho | Secom ES)

DEMAIS FABRICANTES

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"Estamos em contato com nove farmacêuticas, mas como estamos vendo trata-se de um produto escasso. Vai chegar uma hora que conseguiremos comprar e estamos tentando em diversas frentes para quem sabe gente terminar este ano e já começar o ano que vem em uma condição mais normal. Nosso esforço é para que toda a população capixaba seja imunizada até o fim de 2021".

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