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Publicado em 15 de abril de 2021 às 10:22
- Atualizado há 5 anos
No próximo dia 30 de abril serão completados exatos seis meses da explosão do Jeep Compass, que vitimou o empresário Ricardo Portugal, de 38 anos, quando ele dirigia o SUV pela Avenida Adalberto Simão Nader, em Vitória. A ausência de respostas por parte da perícia é angustiante para a família da vítima. Desde o incidente, a viúva de Ricardo, Cristiane Fernandes Marba, busca entender o que fez com que o carro do marido explodisse em movimento. >
Em conversa com A Gazeta nesta quarta-feira (14), a 16 dias de completar meio ano da perda do marido, ela mostra-se inconformada com a demora na investigação, que vem acarretando outros problemas à família.>
Cristiane Fernandes Marba
Viúva de Ricardo PortugalCristiane disse ainda que em breve pretende procurar os caminhos jurídicos caso um laudo pericial apontando as causas da explosão não seja repassado à família.>
"No dia em que tudo aconteceu, foi dito que o prazo era de 90 dias e que poderiam ser prorrogados pelo mesmo período. Daqui a duas semanas este período vai expirar e ainda não temos respostas. Eu quero e preciso saber o que ocorreu com meu marido, e se for preciso, aciono os meios legais para descobrir", complementou. >
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No fim de março, Cristiane disse que recebeu, via e-mail, um questionário do setor de perícia dos Bombeiros sobre o veículo, a rotina do marido quando dirigindo o automóvel, entre outras informações.>
"Haviam perguntas ali que eu nem sequer sabia como responder. O posto onde meu marido costumava abastecer, as rotas que o Ricardo costumava fazer, se as vistorias estavam em dia. São questionamentos que sinceramente não sei. Informei que o carro nunca havia dado problemas antes, que havia sido comprado em 2018 na concessionária da própria Jeep e que todas as manutenções eram feitas na oficina da própria montadora. Eu só quero respostas, pois já são quase seis meses angustiantes", desabafou.>
Os questionamentos feitos pela viúva são os mesmos que permeiam a mente de quem acompanhou este caso. Há meses a reportagem de A Gazeta acompanha e buscas por respostas para este incidente impressionante. Ao longo deste tempo, houve pedido da parte da Polícia Civil à Justiça por mais tempo para a investigação e elaboração do laudo pericial.>
Ricardo foi sepultado após a liberação do corpo junto ao Departamento Médico Legal de Vitória. Ele, ainda em vida, já havia manifestado a vontade em ser cremado, e a família procurou respeitar a vontade pessoal do empresário. Entretanto, o juiz plantonista que analisou o pedido dos familiares, não autorizou a cremação visto que havia uma investigação em curso sobre a causa da morte. Desta forma, o empresário foi enterrado em um cemitério da Capital. >
Novamente demandada, a Polícia Civil informou, em nota, que se trata de um caso complexo e que ainda aguarda o retorno do inquérito policial para a Delegacia de Delitos de Trânsito, responsável pela investigação.>
"A Polícia Civil informa que o inquérito policial foi encaminhado à Justiça, com solicitação da ampliação do prazo de investigação. Até o momento o IP (inquérito policial) não foi devolvido à Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito (DDT) com parecer da Justiça. Cabe destacar que somente após o recebimento do inquérito na delegacia se inicia o novo prazo concedido pelo judiciário. O prolongamento da perícia no veículo ocorre devido à complexidade dos exames e laudos a serem realizados. Somente após a finalização das investigações, será possível confirmar o que pode ter causado a explosão, que resultou em óbito do condutor do veículo. O corpo da vítima já foi liberado para a família", disse a PC. >
Em resposta à demanda feita por A Gazeta, o Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) informou que "o acompanhamento do inquérito policial é feito pelo Ministério Público. No momento, não há nenhum pedido pendente de análise no Judiciário".>
A reportagem também demandou o Ministério Público do Espírito santo (MPES), mas até a publicação desta reportagem não obteve retorno. Assim que houver manifestação, este texto será atualizado.>
Também demandada por A Gazeta, a Allianz Seguros informou, em nota, que "solidariza-se com a família do sr. Ricardo Portugal Moura Guedes e informa que tem dado atenção ao caso desde 4 de novembro de 2020, quando o aviso de sinistro foi realizado pelo corretor de seguros. Devido aos trâmites legais inerentes ao ocorrido, o veículo está no pátio da Delegacia de Polícia que investiga o caso, portanto, ainda não liberado para a vistoria de seguro. A Allianz Seguros permanece à disposição para quaisquer esclarecimentos".>
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