> >
Entenda por que pessoas infectadas pelo coronavírus e vacinadas têm imunidade maior

Entenda por que pessoas infectadas pelo coronavírus e vacinadas têm imunidade maior

Estudo indica melhor resposta imunológica desses indivíduos, mas especialistas destacam que ainda assim o contágio deve ser evitado. Vacinação continua sendo a principal estratégia de proteção contra a Covid-19

Publicado em 22 de fevereiro de 2022 às 08:27

Ícone - Tempo de Leitura 2min de leitura
Ilustração do novo coronavírus
A infecção pelo coronavírus pode provocar danos à saúde das pessoas também a longo prazo. (Pixabay)

A combinação de infecção pelo coronavírus (Sars-Cov-2) e vacina contra a Covid-19 propicia mais tempo de imunidade para as pessoas nessas condições, apontam estudos.

O resultado, porém, não deve servir de estímulo ao contágio deliberado, tampouco é uma autorização para dispensar outras medidas de proteção, como uso de máscaras e não aglomeração.

A vacinação continua sendo a principal estratégia de prevenção aos quadros mais graves da doença. 

A infectologista Ana Carolina D'Ettores, da Unimed Vitória, afirma que estudos apontaram que pessoas com duas doses de vacina e infecção prévia apresentam uma resposta imunológica mais duradoura. Ela ressalta, porém, que as pesquisas são iniciais e feitas em modelos animais e em laboratório, em que se analisa apenas a produção de anticorpos.

Na vida real, frisa a médica, o universo de análise é maior e é preciso considerar fatores como a imunidade celular que varia entre os indivíduos. Além disso, mesmo que a proteção seja prolongada, ela é temporária.  

Chamada imunidade híbrida, segundo o infectologista e professor Lauro Ferreira Pinto, a combinação é capaz de reforçar a defesa do organismo, porém o médico alerta que não se recomenda a infecção proposital porque, mesmo entre vacinados, a doença pode causar algum impacto.

Aspas de citação

A Covid é uma 'caixinha de surpresas'. Além de sintomas desagradáveis, como perda de olfato, pessoas muito vulneráveis ou que se vacinaram há muito tempo podem ter infecção mais grave

Lauro Ferreira Pinto
Infectologista e professor
Aspas de citação

Ana Carolina acrescenta que também pode haver repercussões, a longo prazo, na saúde das pessoas que contraíram o coronavírus, particularmente nas áreas cardiológicas, neurológicas e reumatológicas. Assim, deve-se evitar o contágio. 

"O mais importante é reforçar a vacinação. A perda de eficácia com o passar do tempo não significa que a vacina não funcione.  A vacina evita casos graves e óbitos e é eficaz, inclusive, para a Ômicron", sustenta a infectologista. 

Dyanne Dalcomune, pneumologista da Rede Meridional, enfatiza que, na nova onda de casos de Covid-19 no Brasil e no Espírito Santo, a tragédia não é maior justamente porque, neste momento da pandemia, há mais pessoas vacinadas e, embora ainda estejam suscetíveis ao contágio, a possibilidade de desenvolverem um quadro grave da doença é menor.

É fundamental, reafirma a médica, a população completar o esquema de imunização com duas doses e o reforço para se proteger de maneira mais adequada contra a infecção. 

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais