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Publicado em 19 de julho de 2021 às 18:19
Médicos e profissionais da área da Saúde avisam há bastante tempo que o estilo de vida dos anos contemporâneos tende a causar danos ao organismo humano. A combinação da vida corrida, sedentarismo, atividades acumuladas e ingestão de comidas processadas podem levar ao desenvolvimento de graves doenças, ocasionando até mesmo a morte. Diante da grande variedade de alimentos processados, cada vez mais é estudada a relação entre o impacto da alimentação e a saúde mental dos indivíduos. >
A nutricionista Roberta Larica, comentarista do programa "Boa Mesa CBN", explica que o consumo de medicações controladas na pandemia da Covid-19, como ansiolíticos e antidepressivos, teve um grande aumento. Entretanto, a especialista explica que os neurotransmissores que nos dão motivação, combatem a depressão são produzidos a partir de nutrientes obtidos a partir da alimentação. >
“Não podemos tentar tratar problemas como a ansiedade e a depressão sem tratar anteriormente a alimentação do paciente. Alguns alimentos têm nutrientes capazes de aumentar a produção de neurotransmissores, responsáveis pela comunicação das células no sistema nervoso e pelas nossas capacidades sensoriais, de motricidade e perceptíveis", destaca. >
Roberta Larica
Nutricionaista e comentarista do "Boa Mesa CBN"Segundo a especialista, a deficiência de algumas substâncias obtidas a partir da alimentação, como, por exemplo, as vitaminas, pode ser bastante nociva para o bem-estar e a saúde mental dos indivíduos. >
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"A falta da vitamina B12, presente em alimentos como leite e cereais, no organismo pode ser manifestada com sinais, como depressão, falta de memória e alterações comportamentais; já a deficiência de vitamina D, existente na gema de ovo, sardinha e bife de fígado eleva as chances de um adulto, especialmente idosos, desenvolver depressão", exemplifica. >
Além disso, Roberta Larica também explica que doenças do intestino, um dos segmentos do canal alimentar, estão diretamente ligadas aos sintomas da ansiedade. >
"Algumas pessoas percebem interferências no humor e sentimentos nos momentos em que a flora intestinal está boa. O nosso intestino — que também é chamado de segundo cérebro — possuem uma grande produção de serotonina, molécula que nos leva ao estado de bem-estar, por isso, o seu bom funcionamento com a alimentação saudável é importante para uma mente saudável", destaca. >
A nutricionista finaliza ressaltando que, alimentação e saúde mental andam lado a lado, entretanto, uma coisa não exclui a outra, ainda sendo de extrema importância o acompanhamento médico com psicólogos, psiquiatras, além, se necessário, o uso de remédios como antidepressivos e ansiolíticos. "Uma melhor qualidade nos alimentos que levamos à boca é indispensável, mas isso não significa que elas substituam tratamentos acompanhados de remédios, não devemos tira-los o mérito e necessidade em momento algum". >
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