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Publicado em 7 de julho de 2022 às 08:17
Na última década, a morte de algumas crianças no Espírito Santo ganhou destaque pela forma brutal como tiveram as suas vidas interrompidas. Foram vítimas de violência sexual, agredidas, torturadas e assassinadas. Os suspeitos ou denunciados pelos crimes eram familiares. >
Casos que guardam semelhança (confira abaixo) com a morte do pequeno Jorge Teixeira da Silva, de 2 anos, ocorrida nesta terça-feira (5), cuja apuração inicial da polícia aponta para estupro e tortura. Os pais do menino, Maycon Milagre da Cruz, de 35 anos, e Jeorgia Karolina Teixeira da Silva, de 31,foram presos, preventivamente, suspeitos do crime. >
Em maio de 2017, Fabiane Isadora Claudino, de 2 anos e 4 meses, não resistiu aos ferimentos na cabeça e morreu. De acordo com a polícia, ela foi torturada e violentada. Ao voltar do trabalho, a mãe a encontrou em estado crítico. Não se mexia e havia vômito ao redor. >
As suspeitas recaíram sobre o padrasto, o vendedor de celular Michael Lelis, 28, que foi preso quando estava escondido em uma caçamba de lixo. Além de trauma na cabeça, Fabiane possuía cicatrizes de mordidas pelo corpo.>
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Em outubro de 2017, a menina Thayná Andressa de Jesus, 12 anos, foi sequestrada, estuprada e morta. Ela desapareceu no bairro Universal, em Viana, próximo de onde morava. >
Segundo denúncia do Ministério Público do Espírito Santo (MPES), o acusado pelo crime, Ademir Lúcio Ferreira, de 56 anos, - que morreu antes de ser julgado -, sequestrou a menina, a levou a local ermo, no bairro de Areinha, onde iniciou o abuso sexual, “praticando atos libidinosos”. >
O documento aponta ainda que Ademir iniciou o crime de homicídio contra a menor ainda dentro do veículo, deixando vestígios de sangue no banco traseiro do carro. Após a morte, ele ocultou o corpo em um alagado próximo a um matagal, ateando fogo para encobrir os rastros do crime de estupro e homicídio.>
Em junho de 2020, Ademir Lúcio Ferreira de Araújo, foi assassinado dentro da Penitenciária Estadual de Vila Velha 5 (PEVV 5), onde se encontrava detido.>
Em 2018, um caso abalou o Norte do Espírito Santo. Os pequenos Joaquim e Kauã, de 3 e 6 anos, moradores de Linhares, morreram em um incêndio criminoso. O laudo da polícia apontou que sofreram abuso sexual e que os dois estavam vivos, desacordados em uma cama, antes de um incêndio criminoso encerrar suas vidas. >
Na casa com as crianças estava Georgeval Alves Gonçalves, que foi denunciado pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES) como autor do crime. Em decorrência de diversos recursos apresentados à Justiça, o julgamento do ex-pastor ainda não foi marcado.>
Kauã Salles Butkovsky era filho do primeiro casamento de Juliana Pereira Sales Alves com o empresário Rainy Butkovsky. Ela teve outros dois filhos com Georgeval Alves Gonçalves, incluindo Joaquim, de 3 anos.>
Em 2021, uma menina de 6 anos foi agredida e estuprada em Ecoporanga, no Noroeste do Espírito Santo. Após ser socorrida, ela teve a morte confirmada. >
A criança apresentava lesões pelo corpo e crises convulsivas. O médico suspeitou que ela tivesse sido vítima de abuso sexual. Posteriormente, a polícia concluiu as investigações apontando que a menina foi agredida e estuprada.>
A mãe e o padrasto foram indiciados por estupro de vulnerável e homicídio qualificado, por motivo fútil, com emprego de asfixia, com recurso que impossibilitou a defesa da vítima e feminicídio, além de abandono de incapaz e posse ilegal de arma de fogo.>
Em 2020, a pequena Aghata Vitória Santos Godinho, de 5 anos, foi morta por espancamento. O principal suspeito pelo crime, o padrasto Elisnai Borges Eloy, de 35 anos, preso. >
Em audiência de custódia, a juíza Raquel de Almeida Valinho narraram levantou a hipótese de a menina também ter sido vítima de violência sexual, situação levantada por médico que analisa a causa da morte.>
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