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Covid-19: imunidade contra o vírus diminuiu em pacientes curados após 90 dias

Covid-19: imunidade contra o vírus diminuiu em pacientes curados após 90 dias

Em coletiva, secretário de saúde chamou à atenção para estudo que aponta essa possibilidade e reforçou a importância do isolamento

Publicado em 22 de junho de 2020 às 19:38

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Clientes com máscara na fila do banco no bairro Glória, em Vila Velha. O Governo do Estado determinou o usar máscara de proteção contra o coronavírus
Clientes com máscara na fila do banco no bairro Glória, em Vila Velha. O Governo do Estado determinou o usar máscara de proteção contra o coronavírus. (Carlos Alberto Silva)

A Covid-19 é uma doença totalmente nova até para médicos e pesquisadores. Entre os tantos estudos que tiveram início paralelamente à pandemia pelo mundo, um deles indicou que os níveis de anticorpos em pacientes - sintomáticos e assintomáticos - que estão curados da infecção pelo novo coronavírus diminuíram após um período de dois a três meses que eles superaram a  doença. 

A pesquisa foi realizada por chineses e publicada  no dia 18 de junho, no periódico científico "Nature Medice", segundo o site O Globo.  Isso significa que  quem já teve a doença talvez não permaneça imune a ela. O estudo também traz a perspectiva da necessidade da manutenção prolongada das medidas de distanciamento e isolamento social de grupos de alto risco.  

Comandado por pesquisadores da Universidade Médica de Chongqing, o resultado da pesquisa criou ainda mais dúvidas sobre a imunidade, mas não excluiu a possibilidade de que outras partes do sistema imunológico ofereçam proteção ao organismo.  Ao todo, 37 pacientes sintomáticos e 37 assintomáticos foram avaliados durante os estudos.  Entre os que passaram por exames positivos para anticorpos IgG (um dos anticorpos induzidos após a infecção), mais de 90% tiveram uma grande queda de anticorpos no período de dois a três meses.   

Para anticorpos neutralizadores de soro, a porcentagem média de declínio em indivíduos sintomáticos foi de 11,7%, e em indivíduos assintomáticos foi de 8,3%.

O estudo chinês chamou a atenção do Secretário de Saúde, Nésio Fernandes. "A pesquisa mostra que a memória imune cai de forma significativa após 90 dias que os pacientes tiveram a doença. Estamos diante de uma doença nova e desconhecida. Até que tenha vacina ou cura e o diagnóstico médico preciso,  o distanciamento social e o isolamento dos pacientes constituem as duas melhores estratégias de rompimento da cadeia de transmissão", pontuou durante coletiva na tarde desta segunda-feira (22).

Quando o organismo é infectado pela primeira vez pelo vírus, algumas células memorizam como lidar com ele e podem apresentar uma proteção eficiente se houver uma segunda rodada de infecção. Cientistas ainda investigam se este mecanismo funciona para o novo coronavírus. 

Para o secretário Nésio Fernandes, o que importa, no momento, é respeitar  a única estratégica possível. "Ainda não vencemos a pandemia, não serão decretos ou portarias que irão sustentar as pessoas dentro de casa e distanciadas. Precisamos que as pessoas tenham  convicção do período da pandemia e que o distanciamento  social faz parte disso", pontuou. 

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