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Coronavírus no ES: mais testes ajudam a administrar a oferta de leitos

Coronavírus no ES: mais testes ajudam a administrar a oferta de leitos

A ampliação da testagem possibilita diagnóstico antes do agravamento da Covid-19 nos pacientes e melhor controle para uso das vagas

Publicado em 16 de maio de 2020 às 07:01

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Novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com respirador no Hospital Jayme Santos Neves, na Serra.
A taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital Dr. Jayme Santos Neves, na Serra, é de quase 80%. (Reprodução/TV)

A ampliação da testagem no Espírito Santo vai possibilitar não apenas identificar por onde o novo coronavírus está circulando, como também ajudar na administração da oferta de leitos públicos para pacientes com a Covid-19. Como os hospitais têm limite de capacidade para atendimento, ter um diagnóstico precoce da doença pode evitar o seu agravamento e, consequentemente, a necessidade de ocupar um leito. 

É o que afirma o secretário estadual da Saúde, Nésio Fernandes, ao ser questionado sobre as estratégias em relação aos hospitais que têm taxa de ocupação elevada, como o Dr. Jayme Santos Neves, na Serra, cujo indicador desta sexta-feira (15) chegou a 79,23% dos leitos de UTI para a Covid-19 em uso.

Coronavírus no ES - Mais testes ajudam a administrar a oferta de leitos

Nésio Fernandes explica que o protocolo do Espírito Santo de realizar testes em pessoas a partir de 45 anos com sintomas e comorbidades, perfil que representa mais de 80% dos casos de internação, permite que a doença seja detectada ainda antes de se tornar grave a ponto de precisar de UTI.

E, mesmo no caso de pacientes que necessitem de terapia intensiva, o fato de já ter um diagnóstico garante que ocupem leitos coorte, que são aqueles que podem ser agrupados em um mesmo ambiente.  Para quem apresenta sintomas e ainda não tem resultado do teste, a vaga é de isolamento, que exige uma estrutura maior para ofertar menos leitos. 

"A estratégia é a testagem ampliada com foco nos pacientes não graves, de maneira que passem a ter diagnóstico laboratorial antes de complicarem. Isso é o grande movimento porque o problema é quando temos 70, 80 pacientes em investigação e cada um precisa de um leito individual. Se temos diagnóstico precoce, conseguimos otimizar mais o uso da unidade hospitalar", aponta o secretário. 

A outra iniciativa, ressalta o secretário, é a implantação de leitos novos. Não apenas na rede estadual, mas em contratos firmados com hospitais filantrópicos e particulares. A partir da próxima semana, haverá mais 190 vagas disponíveis - 150 de enfermaria, 40 de UTI - no Hospital Vila Velha. 

RESPIRADORES

Até junho, estima-se 1,3 mil leitos disponíveis para atendimento de pacientes SUS. Há o registro de 788 no Painel Covid-19, ferramenta do governo com atualizações diárias sobre o enfrentamento à doença no Estado. Para alcançar a meta, depende, em parte, da entrega de respiradores para equipar as UTIs.

O Estado efetuou compras, dentro e fora do país, e segundo o secretário Nésio Fernandes a expectativa é de que até o final de maio cheguem 190 respiradores. Desses, 60 já foram embarcados da Itália para o Brasil. 

Também foi feita uma solicitação de 300 equipamentos ao Ministério da Saúde, quando à frente da pasta ainda estava Luiz Henrique Mandetta. Já saiu o segundo ministro depois do pedido, Nelson Teich, e ainda não há sinalização do governo federal quanto ao fornecimento dos respiradores. 

"Essas transições atrasam habilitação de leitos, envio de recursos, transferências, descontinuam debates sobre normas e condutas, atrapalham todo o processo e é muito ruim", resume o secretário. 

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