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Espírito Santo vai premiar os melhores cafés especiais do Estado

Espírito Santo vai premiar os melhores cafés especiais do Estado

Premiação em duas modalidades, arábica e conilon, pode chegar a R$ 130 mil. Haverá o prêmio principal e o também um para melhores práticas sustentáveis

Publicado em 13 de agosto de 2020 às 15:58

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Colheita do começa começou em maio. (Divulgação/Cafesul)

Espírito Santo vai premiar os melhores grãos de arábica e de conilon produzidos em terras capixabas. Esta é a primeira vez em mais de um século de cafeicultura no Estado, colecionando inúmeros prêmios de qualidade, alguns até internacionais, que haverá uma premiação em nível estadual. Os produtores já podem separar suas amostras para concorrer ao Prêmio Cafés Especiais do Espírito Santo, lançado nesta quinta-feira (13). A soma de todas as premiações pode chegar a R$ 130 mil.

A iniciativa do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e da Secretaria de Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) é inédita no Estado. O lançamento foi feito por meio de um vídeo publicado nas redes sociais do Incaper e da Seag.

As amostras de conilon devem ser encaminhadas até o dia 15 de setembro. O prazo para envio das amostras de arábica é um pouquinho mais longo: termina no dia 20 de outubro. Os cafeicultores participantes concorrem a uma premiação oferecida com o apoio da Fundação de Desenvolvimento Agropecuário do Espírito Santo (Fundagres) e de várias empresas, instituições e entidades do ramo. Os detalhes estão no Regulamento da premiação.

“O Espírito Santo tem uma cafeicultura de excelência, com tecnologia de ponta, reconhecida por não só aqui no Brasil, mas no mundo todo. Os cafés produzidos aqui são premiados em outros Estados e até internacionalmente. Este prêmio estadual representa o nosso reconhecimento: é uma forma de valorizar ainda mais os nossos cafeicultores, que produzem excelentes resultados e trabalham para fortalecer cada vez mais esta que é a principal atividade agrícola do nosso Estado”, disse o secretário de Estado da Agricultura, Paulo Foletto.

De acordo com o regulamento, os prêmios poderão ser pagos em dinheiro, equipamento, fertilizante e máquina. O valor poderá sofrer alteração para mais ou para menos, conforme a obtenção dos recursos pelos patrocinadores.

Melhores cafés arábica e conilon:

  • 1º lugar - R$ 30 mil
  • 2º lugar - R$ 15 mil
  • 3º lugar - R$ 10 mil

Além do prêmio principal, os produtores que receberem as melhores notas na avaliação da sustentabilidade, receberão a seguinte premiações (nos mesmos moldes da principal):

  • 1º lugar - R$ 5 mil
  • 2º lugar - R$ 3 mil
  • 3º lugar - R$ 2 mil

Além da qualidade, a sustentabilidade da cafeicultura também será avaliada. A adoção de boas práticas agrícolas é outro fator que vai contar pontos na premiação. Para o diretor-presidente do Incaper, Antônio Carlos Machado, o trabalho do Instituto com os cafeicultores é fundamental para os bons resultados.

“O café produzido no Espírito Santo é um dos mais apreciados do mundo. Este reconhecimento é fruto do trabalho empreendedor dos agricultores, que confiam no Incaper e colocam em prática as tecnologias e as recomendações disponibilizadas por nossas equipes de pesquisa, assistência técnica e extensão rural. Os bons resultados colhidos pelos nossos cafeicultores são a prova disso, tanto que o mundo vem até nós buscar informações sobre cafeicultura. A produção capixaba de cafés especiais merece este incentivo e este reconhecimento”, frisou Machado.

O pesquisador do Incaper e coordenador técnico de cafeicultura, Abraão Carlos Verdin Filho, também destacou que a qualidade do café capixaba vem crescendo. “A produção de cafés de qualidade não é mais apenas um diferencial e, sim, uma exigência do mercado. Enquanto o consumo geral de café cresce cerca de 1,5% ao ano, o consumo de cafés de especiais cresce cerca de 15% ao ano. Este fato mostra que o mundo quer beber café de qualidade e está disposto a pagar mais por este produto”, pontuou Verdin.

Ainda segundo Verdin, a produção de cafés especiais gera uma agregação de valor de R$ 100 milhões aos agricultores envolvidos. Atualmente, cerca de oito mil propriedades produzem cafés especiais em território capixaba.

A entrega do prêmio está prevista para ser realizada em uma solenidade a ser agendada para o fim do ano. Na ocasião, será realizada também a Mostra Anual de Cafés Especiais. De acordo com o subsecretário de Aquicultura, Pesca e Desenvolvimento Rural Sustentável, Michel Tesch Simon, nessa mostra estarão os 20 melhores arábicas e os 20 melhores cafés conilon do Espírito Santo. 

"Quem faz negócios com cafés especiais e for atraído pelo prêmio terá a oportunidade de conhecer não apenas os vencedores, mas também os 20 melhores de cada categoria. Além de promover a geração de negócios estamos, desta forma, consolidando o Espírito Santo como produtor de cafés especiais junto a este mercado cada vez mais exigente”, informou.

O subsecretário destacou ainda que solenidade de premiação e a forma de realização da Mostra dependerão dos protocolos de enfrentamento à Covid-19 à época.

O PRÊMIO 

O Prêmio Cafés Especiais do Espírito Santo tem por objetivo reconhecer e premiar a produção de cafés especiais produzidos de forma sustentável no Espírito Santo. Podem participar cafeicultores de todos os municípios capixabas, mediante apresentação da inscrição do produtor, documento da terra, contrato de parceria ou comodato.

Cada agricultor pode participar com apenas um lote de café e deve manter o lote armazenado até o final da premiação. As amostras de dois quilos devem ser acondicionadas em sacolas plásticas identificadas com nome completo, município do participante e outras informações.

O regulamento completo pode está disponível nos sites do Incaper e da Seag. Você também pode fazer o download abaixo.

Componente de Arquivos & Anexos Arquivos & Anexos

Regulamento 1º Prêmio Cafés Especiais do Espírito Santo

Tamanho de arquivo: 828kb

CAFEICULTURA CAPIXABA

Nos últimos anos, a cafeicultura capixaba cresceu em quantidade (produtividade) e qualidade. O Estado é o segundo maior produtor de café do país: responde por mais de 27% da produção nacional. É o maior produtor de conilon do Brasil, responsável por cerca de 20% do café robusta de todo o mundo. A cafeicultura é a principal atividade agrícola do Espírito Santo: representa 37,48% do Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBPA), envolve cerca de 78 mil famílias distribuídas em aproximadamente 40 mil propriedades em 77 municípios capixabas.

De acordo com o último levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção estimada total de café para o Estado em 2020 será de 14,7 milhões de sacas. Deste total, a projeção é de 1,5 milhão de sacas de cafés superiores. Vale lembrar que a produção de cafés especiais acima de 80 pontos está estimada em 300 mil sacas beneficiadas.

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