Publicado em 28 de julho de 2019 às 20:18
- Atualizado há 6 anos
Inspirado em um programa australiano, a atriz Karina Bacchi, 42, comanda, a partir deste domingo (28), o "Melhor pra Elas", na RedeTV!, sobre o empoderamento feminino. A ideia da atração é elevar a autoestima de mulheres que já passaram por diversos problemas em seus relacionamentos.>
Quatro mulheres vão morar juntas em uma casa no Morumbi, na zona oeste de São Paulo, onde passarão por atividades, bate-papos e experiências de vida marcantes. Todas elas vivenciaram histórias de amor marcantes e estão solteiras agora, sem saber se querem novamente encarar um relacionamento.>
O ambiente vai servir para que essas mulheres possam falar abertamente -e com ajuda de especialistas- falar sobre suas angústias, medos e receios. A condução do bate-papo e das atividades na casa será de Karina Bacchi, que será como "um um ombro amigo para os desabafos, conselhos e histórias".>
Ao todo serão seis episódios, exibidos semanalmente depois do programa "Encrenca", na busca de autoconhecimento, liberdade e independência dessas mulheres que representam uma boa parte da sociedade brasileira. >
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"Eu me sinto representada por elas. Não imaginava me enxergar nelas. A gente sempre acha que o outro tem uma história de vida diferente, e o que eu aprendi é que sempre podemos aprender com elas e que devemos nos unir e nos empoderar no melhor sentido", diz Bacchi.>
Em muitos momentos, diz Bacchi, foi difícil tirar de cada uma um relato sincero e do fundo do coração. "Nós já sabíamos das histórias, mas na hora do 'gravando' não queriam se mostrar tão frágeis. Tivemos conversa do tipo: 'eu mesma estou me abrindo agora e preciso que vocês se abram'. Foi um trabalho em conjunto até elas se sentirem à vontade para poder se transformar.">
Karina Bacchi diz ainda que, por morar ao lado de onde aconteceram as gravações do programa, tomava café com as meninas para conversar e ganhar a confiança delas e deixá-las mais à vontade. As participantes têm histórias duras e que podem e devem levar a reflexões. Todas vêm de relações problemáticas e marcantes negativamente.>
Lúcia Ferreira, 30 , modelo e promotora de eventos, foi traída. Paloma Malta, 26 , personal stylist de noivas, é uma menina que veio de Goiás e que tinha um namorado possessivo e ciumento ao extremo. Érika Cris, 32, uma administradora que engravidou de um menino aos 15 anos e sofreu com abandono. E Gabriela Salvador, 30, arquiteta e designer, que teve uma relação conturbada que envolve abuso e agressão.>
"São quatro mulheres com personalidades bem diferentes. Nos surpreenderam muito. Conforme os episódios elas vão se transformando e se ajudando no dia a dia. A participação de especialistas as ajuda a se ouvirem mais e umas às outras. A Karina foi determinante e se sentiu à vontade para compartilhar experiências. De quatro viraram cinco", analisa a diretora, Maristela Mattos.>
Claro que os responsáveis pela atração têm ideia de que toda essa exposição pode acarretar em comentários negativos, já que o Brasil é um país misógino e machista. Porém, eles contam que as mulheres continuam sendo monitoradas e atendidas pela equipe de psicólogos do programa.>
"Sempre pode haver julgamento, aquela coisa de: 'ela poderia ter terminado isso antes ou feito diferente'. As pessoas tendem a ter esse julgamento. As participantes foram se moldando e entendendo esse contexto. Disso vem a necessidade de elas se sentirem seguras. Não conseguimos controlar os haters, o que conseguimos é trazer a discussão à tona e mostrar que determinadas opiniões não deveriam ser ditas. No fundo é você estar forte", opina Ricardo Perez, diretor de criação da Fremantle Brasil.>
Conforme forem passando os seis episódios, o público verá as participantes sendo encorajadas a falar de si, a revisitar o passado, a acolher os sentimentos e a resignificá-los. Até alguns encontros serão feitos entre elas e possíveis affairs, porém, não há intuito de fazer com que elas namorem, mas sim de analisar como se comportam em uma nova experiência romântica. >
A ideia não é proporcionar uma competição, até porque, no final, todas ganharão. Mas sim mostrar que é possível olhar para o passado e para o presente para projetar um futuro melhor, mais evoluído e sem abusos de nenhum tipo. Que elas possam se libertar das amarras que as prendem em determinada posição para poderem seguir em frente, seja com alguém ou sozinhas. >
"Nos momentos em que não me enxergava em alguma situação eu pude ser um ombro amigo. Foi maravilhoso ver a abertura que foram tendo. O principal foi acompanhar a transformação. É algo que vai além de um programa, a transformação da autoestima, do amor próprio que foi sendo revigorado. O Melhor pra Elas vai fazer a diferença e ajudar quem assiste também", finaliza Karina.>
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