Publicado em 6 de fevereiro de 2021 às 19:23
- Atualizado há 5 anos
Após Rachel Evan Rachel Wood, 33, fazer graves acusações de abuso e violência doméstica contra Marilyn Manson, 52, com quem se relacionou de 2006 a 2010, o músico sofreu outras denúncias, uma delas citando um "quartinho do estupro", em sua casa. O impacto foi tão grande que Tony Ciulla, que administrou a carreira do roqueiro nos últimos 25 anos, abandonou o músico. >
O agora ex-empresário do cantor começou a administrar a carreira de Manson em 1996, o mesmo ano em que foi lançado o bem-sucedido, "Antichrist Superstar". Ciulla defendeu o roqueiro, cujo nome verdadeiro é Brian Warner, em diversas controvérsias, incluindo as críticas que seguiram o músico após o tiroteio em Columbine, ocorrido em 1999, e também de processos judiciais. Manson também tem sido alvo de processos por ex-membros da banda sobre disputas de royalties e alegadas agressões ao pessoal de segurança em shows.>
De acorco com a Rolling Stone, a postura de Ciulla mudou depois que Wood nomeou Manson como o abusador anônimo anteriormente mencionado ao testemunhar perante o Senado da Califórnia em relação à Lei Fênix Act. Com a aprovação da lei criada pela atriz, as vítimas de violência doméstica terão cinco anos, e não três, para denunciar o agressor.>
"O nome do meu agressor é Brian Warner, também conhecido mundialmente como Marilyn Manson", escreveu Wood no Instagram no dia 1º de fevereiro . "Ele começou a me preparar quando eu era adolescente e abusou horrivelmente de mim durante anos. Eu fui submetida a uma lavagem cerebral e manipulada até a submissão. Cansei de viver com medo de retaliação, calúnia ou chantagem. Estou aqui para expor este homem perigoso e convocar as muitas indústrias que o capacitaram antes que ele arruinasse mais vidas. Eu fico com as muitas vítimas que não ficarão mais em silêncio." Quatro outras mulheres apresentaram histórias semelhantes em um artigo para a Vanity Fair.>
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Após a denúncia, a gravadora Loma Vista Recording, rompeu com o roqueiro, dizendo que "não vai mais promover o álbum recente de Marilyn Manson ou trabalhar com ele em projetos futuros". No dia seguinte às acusações, o artista usou as redes sociais para se manifestar. "Obviamente minha arte e minha vida sempre foram ímãs para polêmica, mas essas afirmações recentes sobre mim são horríveis distorções da realidade", escreveu em seu Instagram.>
"Meus relacionamentos íntimos sempre foram totalmente consensuais com companheiras que pensam como eu. Independentemente de como, e por quê, outras estão optando hoje por manipular o passado, esta é a verdade", completou o artista.>
Apesar das diversas críticas, Manson recebeu apoio de Asia Argento, uma das artistas responsáveis pelo início do #MeToo, uma onda de denúncias de assédio sexual, que começou na indústria cinematográfica americana e depois se espalhou para outras áreas e países. Na postagem feita no Instagram nesta sexta-feira (5) e apagada algum tempo depois a atriz compartilhou uma foto com Manson.>
"AA + MM para sempre: destruir o novo puritanismo americano", começou, usando as iniciais de ambos no conteúdo. "Se eu tivesse que falar sobre todos os amantes 'decepcionantes' da minha vida, escreveria 'A Odisséia'. O mundo do sexo e do desejo é um reino psicótico que deveria ser deixado em paz. É anti vida, pró morte, anti f*, anti liberdade, anti anti anti anti. F*-se", finalizou.>
A atriz também foi acusada de assédio há cerca de dois anos. Em agosto de 2018 foi revelado pelo jornal The New York Times que o ator Jimmy Bennett ameaçou Argento com um processo. Eles teriam mantido relações sexuais em 2013, quando ele tinha pouco mais de 17 anos. Pelas leis da Califórnia, onde aconteceu o ato, sexo com menores de 18 anos é crime. Os dois chegaram a um acordo financeiro: a atriz concordou em pagar US$ 380 mil a Bennett (cerca de R$ 1,5 milhão), em troca do silêncio dele.>
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