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Reconhecido por Cardi B, Dadá Boladão quer espalhar brega funk pela Europa

Reconhecido por Cardi B, Dadá Boladão quer espalhar brega funk pela Europa

Cantor pernambucano tem música pronta com Pocah para pós-BBB

Publicado em 13 de abril de 2021 às 12:30- Atualizado há 3 anos

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Dadá Boladão
Dadá Boladão. (Divulgação)

Dadá Boladão, 27, foi pego de surpresa por Cardi B, 28, no final de março, quando a rapper norte-americana revelou aos seus seguidores do Twitter que gostaria de gravar uma versão em espanhol de "Surtada", música interpretada por Dadá, Tati Zaqui e Oik.

"Fiquei feliz e surpreso. Não esperava que uma artista como a Cardi B escutasse e reconhecesse minha música desta forma", diz Dadá em entrevista à Folha de S.Paulo, ao acrescentar que a equipe da Sony Music no Brasil já entrou em contato com a rapper para viabilizar a versão da música.

"Estou ansioso por essa resposta. Sempre admirei o trabalho dela e de outros artistas internacionais. Gosto muito dos ritmos norte-americanos e latinos", completa.

Cardi B já tinha demonstrado seu interesse pela música brasileira. Chegou a gravar com Anitta, 28, e Ludmilla, 25, e publicou vídeos cantando "É o Amor" e "Tudo de Novo", de Zezé di Camargo e Luciano. Durante o Grammy 2021, ainda apresentou remix de sua música "WAP", produzido por Pedro Sampaio.

Desta vez, o reconhecimento foi para Dadá Boladão que, quase como uma premonição, já acreditava no efeito de "Surtada" em sua carreira. A música, remix da canção de Calibre 2.1, Neobeats e Oik, foi lançada em 2019 e soma mais de 264 mi de visualizações no YouTube e 128 mi de "plays" no Spotify.

Ela surgiu por desejo do próprio Dadá, que procurou a parceria com Oik e, posteriormente, incluiu a voz de Tati Zaqui em uma segunda versão. "Dadá Boladão quis inovar com uma voz feminina, para expandir, e me chamou", lembra Tati.

"Escrevi minha parte, lançamos o clipe, e a música explodiu em todo o Brasil e até internacionalmente. Eu não conhecia o trabalho de Dadá quando recebi o convite, então pesquisei e vi que ele era bem conhecido no Nordeste. Ele é talentoso, está levando a bandeira do brega para todo Brasil e mundo."

Dadá lembra-se até hoje do dia de gravação da parceria. "Estava a caminho do estúdio de gravação, no carro de um amigo, e chovia muito. Pensávamos que nem chegaríamos por causa dos alagamentos, mas eu fiz questão de ir, porque sabia que essa música mudaria minha vida", diz o pernambucano.

"Eu já sentia isso, mesmo antes de gravá-la", continua. "É uma música que nunca para de nos dar frutos. Foi com ela que consegui realizar muitos sonhos, como comprar um carro e uma casa para a minha mãe, e me apresentar em diferentes lugares do Brasil e até na Europa."

Em janeiro de 2020, antes da pandemia da Covid-19 no mundo, Dadá se apresentou em algumas cidades de Portugal. A intenção era fazer shows também na Bélgica e na Espanha, em uma turnê que teve que ser postergada para o cenário pós-pandêmico.

DO FUTEBOL AO BREGA FUNK

O sucesso internacional de Dadá é resultado de quase dez anos de carreira como um dos principais expoentes do brega funk, subgênero do funk carioca que nasceu em Recife, assim como o cantor.

Depois de desistir de ser jogador de futebol, aos 17 anos, Dadá Boladão -nome artístico de Alef Flávio Pereira, e que faz referência ao apelido de infância e ao MC Felipe Boladão- começou a se apresentar quase que naturalmente, influenciado pelo funk e pelo brega, ritmos mais fortes de Pernambuco.

Ganhou ainda mais visibilidade há cerca de dois anos, após assinar com a gravadora KondZilla Records. Foi então que ele lançou hits como os remixes de "Bate com Vontade" e "Oh Juliana", bem como a música "Paredão", com Kevinho e MC Jottapê.

O cantor também tem uma música pronta com a funkeira Pocah, 26, que ele espera que saia vitoriosa do Big Brother Brasil 21 (Globo), ao lado da advogada e maquiadora Juliette Freire, 31, e pretende lançá-la com clipe após o reality.

Entre as metas, Dadá diz que quer gravar com Anitta e, futuramente, se apresentar nos Estados Unidos para espalhar ainda mais o brega funk. "Antes o ritmo era bem local, de Pernambuco. Hoje tenho certeza que é um dos ritmos mais ouvidos no Brasil. Ele vem conquistando seu espaço e tem a capacidade de chegar a nível mundial, assim como foi com o reggaeton."

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