Publicado em 12 de setembro de 2021 às 02:00
Do colégio jesuíta nasceu o Palácio Anchieta. Nas terras do fundador Duarte Lemos foi construída a Capela de Santa Luzia. A escadaria Maria Ortiz tem o nome da jovem que resistiu aos holandeses, jogando pedras, água fervente e outros objetos nos invasores. Andar pela Cidade Alta, em Vitória, é viajar na história dos 470 anos da Capital. >
O historiador Fernando Achiamé conta que Vitória surgiu para que a Capitania do Espírito Santo tivesse uma sede mais segura, com boas fontes de água e terrenos para cultivar alimentos e, particularmente, a cana, para a exportação de açúcar.>
As principais edificações ficavam na Cidade Alta. Na parte baixa estavam trapiches, armazéns e casas comerciais.>
Fernando Achiamé
HistoriadorA Capital manteve seu traçado colonial até o início do século XX, quando mudanças urbanas, aterros e obras viárias expandiram a então "Cidade do Café" para as antigas enseadas e mangues.>
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Até hoje boa parte do patrimônio histórico e cultural da cidade está no Centro. Merecem destaque: Theatro Carlos Gomes; Palácio Anchieta; Catedral Metropolitana; Capela de Santa Luzia; Convento São Francisco; e as igrejas Nossa Senhora do Carmo, Nossa Senhora do Rosário e São Gonçalo. >
Saindo um pouco da região central, há ainda o Santuário-Basílica de Santo Antônio, uma imitação da arquitetura renascentista italiana, com cúpula central, vitrais decorados e vista da cidade.>
A história de Vitória tem personagens importantes. “Alguns mais antigos; outros mais modernos; alguns esquecidos e outros bem lembrados”, ressalta o historiador Estilaque Ferreira.>
Entre os antigos e esquecidos, cita o historiador, estão o fundador de Vitória, Duarte de Lemos, e os padres Afonso Brás e Brás Lourenço, criadores do Colégio dos Jesuítas, atual Palácio Anchieta.>
Entre os mais modernos e lembrados, Ferreira menciona seis governadores: Muniz Freire foi responsável pela afirmação da centralidade de Vitória e de sua expansão.>
Jerônimo Monteiro iniciou melhorias urbanas em Vitória, tais como água encanada, esgoto, o Parque Moscoso, energia elétrica e os bondes.>
Florentino Avidos construiu a Cinco Pontes, ligando Vitória a Vila Velha; e Jones dos Santos Neves aterrou a “Esplanada Capixaba”.>
Carlos Lindenberg viabilizou a construção do Porto de Tubarão e Élcio Álvares iniciou a construção da Terceira Ponte.>
CURIOSIDADES>
Igreja de Nossa Senhora do Rosário
Com sua construção iniciada em 1765, teve sua estrutura principal erguida em apenas dois anos pelos membros da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos.
Theatro Carlos Gomes
Em 1923, o único teatro da cidade, o Melpômene, após sofrer um princípio de incêndio, foi demolido para abertura da Rua Sete de Setembro e alargamento da Praça da Independência, atual Praça Costa Pereira.
Catedral Metropolitana de Vitória
A antiga Igreja Matriz de Nossa Senhora da Vitória teve sua edificação iniciada por volta de 1550.
Escadaria Maria Ortiz
No século XVII, a Ladeira do Pelourinho foi cenário de importante fato da história do Espírito Santo. O corsário holandês Piet Heyn ultrapassou a barreira do Forte São João para entrar na Vila.
Capela de Santa Luzia
É a edificação mais antiga do município. Provavelmente construída a partir de 1537, em pedra e cal de ostra, coberta com telhas de barro tipo canal, ela era a capela particular da fazenda de Duarte Lemos.
Convento São Francisco
Convento São Francisco O Convento São Francisco teve sua construção iniciada no final do século XVI.
Convento do Carmo
Convento do Carmo O Convento de Nossa Senhora do Monte do Carmo foi fundado em 1682, por padres carmelitas vindos da parte Norte do Brasil Colônia.
Igreja de São Gonçalo
Em 1707, já existia no local uma capela construída pelas irmandades de Nossa Senhora do Amparo e da Boa Morte.
Parque Moscoso
Inaugurado em 1912 o Parque Moscoso foi símbolo da primeira era de modernização e embelezamento urbano da cidade.
Palácio Anchieta
Até 1759, o Palácio Anchieta abrigava o Colégio de São Tiago, conjunto que começou a ser erguido em 1570, a partir da construção de uma nova sede para a Igreja de mesmo nome, que havia incendiado.
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