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'Homem-Formiga e a Vespa': Marvel curte ressaca de Thanos

"Homem-Formiga e a Vespa": Marvel curte ressaca de Thanos

Novo filme da Marvel é leve e divertido, mas pode deixar um vazio para quem espera ligações com o próximo Vingadores

Publicado em 5 de julho de 2018 às 22:21

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Homem-Formiga e a Vespa. (Divulgação)

É mais do que compreensível que “Homem-Formiga e a Vespa”, em cartaz desde ontem, seja o filme que venha depois do final de “Vingadores: Guerra Infinita” e de todo suspense gerado pelos acontecimentos do filme. Enquanto todos especulam o que deve acontecer com os principais heróis da Marvel no próximo “Vingadores”, que estreia em maio de 2019, o diminuto (ou gigantesco) herói, um sujeito meio “lado B”, leva alegria e leveza de volta às telas.

Peyton Reed volta à direção do filme que tem início com Scott Lang (Paul Rudd) confinado em uma prisão domiciliar, tudo isso porque ele foi até a Alemanha lutar ao lado do Capitão América (em “Guerra Civil”) e violou alguns tratados por lá. O tempo de confinamento, porém, serviu para estreitar os laços entre ele e a filha Cassie (Abby Ryder Fortson). A batalha na Alemanha também serviu para colocar Hank Pym (Michael Douglas) e Hope (Evangeline Lilly), responsáveis pela tecnologia do Homem-Formiga, na ilegalidade – pai e filha agora são procurados pela polícia.

REENCONTRO

O caminho deles volta a se cruzar após Scott ter uma visão de Janet (Michelle Pfeiffer), mãe de Hope há 30 anos perdida no mundo quântico. Ao mesmo tempo uma nova vilã surge para atrapalhar os planos de resgatar Janet – Fantasma (Hannah John-Kamen) tem poderes estranhos e também um grande interesse em tudo relacionado à palavra “quântico”.

Homem-Formiga e Vespa. (Divulgação)

“Homem-Formiga e a Vespa” é uma aventura simples, mas não tenta ir além disso. Com o perdão do trocadilho, a Marvel sabe o tamanho de seu herói – seria um fracasso colocá-lo para enfrentar ameaças cósmicas gigantes ou algo que possa extinguir a humanidade.

O filme, como boa parte dessa fase 3 da Marvel nos cinemas, é sobre família e relacionamentos. Scott não quer perder a filha, mas quer se reaproximar de Hank e Hope e ajudá-los a recuperar Janet. A vilã também tem seus problemas e motivações familiares, e só quem fica perdido é Walton Goggins como o vilão Sonny; apesar do carisma e do talento do ator, seu personagem serve como escada para a Vespa e surge (do nada!) em momentos chaves para complicar a vida dos heróis.

ESTRUTURA

O filme tem estrutura de comédias românticas e não tenta esconder essa pegada. Ao mesmo tempo, amplia, ainda que pouco, a discussão sobre o mundo subatômico, que talvez tenha papel importante nos próximos filmes do universo compartilhado.

A escolha por não se aprofundar em temas mais complexos pode ser questionada, mas faz sentido. Assim, todo o foco de “Homem-Formiga e a Vespa” está na diversão. Os diálogos são espertos e reforçados pelo tempo de humor impecável de Paul Rudd.

O texto também dá destaque para Hope/Vespa, que brilha até mais que o protagonista tanto em cenas de ação quanto como cientista; ela, afinal, entende tudo o que está acontecendo, enquanto Scott assume sua ignorância em relação a isso.

“Homem-Formiga e a Vespa” tem algumas das sequências de ação mais incríveis da história do cinema. O filme explora muito bem o aumento e a diminuição de tamanho de personagens e objetos sem que a piada canse. O filme de Peyton Reed é leve, divertido e tem mensagem bonita, uma diversão perfeita e de fácil consumo. Vale ressaltar que há duas cenas após o fim do filme: uma no meio dos créditos e outra no final. Uma ótima diversão enquanto maio de 2019 não chega.

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