Publicado em 21 de dezembro de 2018 às 20:50
Depois do ano eleitoral repleto de tretas polarizadas nas redes sociais e brigas nas famílias, não está fácil reunir todo mundo para a hora da ceia de Natal ou na confraternização de réveillon. Enquanto a preocupação antes era o Tio do Pavê com a pergunta sobre as/os namoradinhas/os, agora o medo está em discussões iniciadas por política com um chamando o outro parente de fascista, comunista e vários outros adjetivos e nomes que entraram facilmente no vocabulário das conversas dos brasileiros.
Sabendo que tudo que aconteceu em 2018 pode ser um prato cheio ou o estopim da bomba para brigas homéricas no fim do ano, o Gazeta Online te faz um convite para passar um fim de ano mais calmo, sereno e tranquilo.
RESPIRA, NÃO PIRA
A primeira dica é: se esquive de comentários polêmicos e conversas miúdas. Se aconteceu, use o mantra: Respira, Não Pira, que sempre dará certo e, principalmente, deixe as uvas passas em paz, que elas de nada têm culpa, tá?
EVITE CERTOS TEMAS
É fato que a polarização de opiniões nunca é bom. Além disso, ter uma ideia contrária à do próximo vai sempre ser prato cheio para os fominhas de discussão ainda mais depois do ano político. "Têm temas que não funcionam socialmente. Política, religião, futebol, preferências, inclusive preferências sexuais, vão sempre gerar brigas. Então é melhor já evitar tocar nesses pontos", pontua o consultor de etiqueta Fábio Arruda, que é referência nacional de boas maneiras.
NADA DE ALFINETADAS
Os ânimos realmente estão exaltados, sobretudo, por assuntos políticos. Isso pode fazer com que o que começa como brincadeira acabe terminando em gritaria e confusão - e ninguém quer isso para registrar no álbum de família. "Então é essencial que as pessoas evitem alfinetadas e não façam brincadeiras que incomodem. E não dá para justificar. Cada um sabe quando está enchendo a paciência do outro e quando não está. É só tomar cuidado que vai dar tudo certo", esclarece Fábio.
COMBINE TUDO ANTES
O consultor também destaca que é melhor combinar tudo das festas em família para que ninguém saia no prejuízo e nenhum familiar acabe levando uma torta de climão na marmitinha. Assim, deixe acordado entre os parentes quem foi convidado e quais assuntos não devem ser tocados. Já pensou a tia e a sobrinha que não se falam no mesmo recinto? Então, o melhor é chamar os que tem mais afinidade para que a comida não desça mal para ninguém.
MARMITINHA: SIM OU NÃO
Por falar em comida, sempre tem a polêmica da marmita para leva para comer no outro dia. Para Fábio Arruda, tudo vai depender do anfitrião oferecer: "Se o anfitrião não oferecer, levar marmitinha para casa está fora de cogitação. Às vezes a pessoa se programa para servir a ceia reformada no dia seguinte ou simplesmente não está querendo distribuir os que sobrar. É uma gentileza, por exemplo, oferecer que uma pessoa que more sozinha leve alguma coisa para casa, mas não é regra, como também não é regra que ela aceite o mimo", frisa.
Expert em etiqueta e comportamento, Cláudia Matarazzo já é da tese de que em casos de família a marmitinha é permitida. "Geralmente, esse ambiente será mais informal, então tudo bem se você combinar de levar alguma coisa para o dia seguinte", destaca. Ela frisa que, por outro lado, cada família sabe o grau de intimidade que compartilha e, por isso, cada um pode ter uma forma diferente de organizar a festa de modos gerais.
PRESENTINHO OU PRESENTÃO
Dependendo da família, até o presente a se dar pode virar uma treta. "A família tem que saber o quão flexível ela é, então depende muito e pode variar", afirma Cláudia, que, questionada sobre os presentes, dispara: "Em tempos de crise, muita gente acerta com os familiares de só presentear as crianças. Porque, realmente, distribuir presentes específicos na frente de todo mundo não é de bom tom".
ÁLCOOL É O VILÃO DAS FESTAS DE FAMÍLIA
Assim como Cláudia, Fábio também taxa a bebida alcoólica como a grande vilã das festas de família. "É um ambiente que não pede exageros. Você pode beber, pode degustar um drinque ou um vinho, mas que não te faça perder o controle. Justificar atitudes e comentários com álcool não dá", dispara o consultor de etiqueta.
SE CONTROLE NO AMIGO-X
Fábio Arruda conclui que as brincadeiras de amigo X são válidas. Mas, para isso, é essencial que seja feito um planejamento e que as pessoas se controlem: tanto quem vai dar o presente, como quem vai receber. "A pessoa também não é obrigada a participar, mas ninguém quer ser lembrado como 'aquele da família que não quis participar do amigo X'. Então tem que pesar os prós e contras e ser elegante no que optar fazer e no que não vá te complicar", defende. O consultor de etiqueta só finaliza que nesses casos, na hora de descrever quem a pessoa tirou, é ideal que as palavras usadas sejam cautelosas.
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