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'Game of Thrones': confira todas as mortes da Batalha de Winterfell

"Game of Thrones": confira todas as mortes da Batalha de Winterfell

Terceiro episódio da oitava e última temporada da série foi exibido no último domingo (28) e mostrou maior batalha da TV

Publicado em 29 de abril de 2019 às 17:29

Série "Game of Thrones" Crédito: HBO/Divulgação

Atenção: contém spoilers

O terceiro episódio da oitava e última temporada de "Game of Thrones" exibiu a aguardada Batalha de Winterfell no domingo (28). Em termos dramatúrgicos, surpresa zero. Tecnicamente, contudo, o seriado mostrou o seu auge. Ao longo de 82 minutos (a maior duração de um episódio desde que a atração estreou, em 2011), o que se viu foi provavelmente o maior espetáculo de guerra produzido para a televisão - e bem num momento em que ela entra em declínio diante o advento do streaming.

Na luta, forças lideradas por Jon Snow e Daenerys Targaryen enfrentaram o exército dos mortos do Rei da Noite, resultando em um banho de sangue e em diversas mortes. 

Dentre elas, Ed Doloroso foi um dos primeiros, morto após salvar o ex-companheiro Samwell Tarly. Lady Lyanna Mormont, que se sacrifica para matar um "whight", e Berinc Dondarrion, esfaqueado após salvar Arya Stark, também morrem.

Além deles, Theon Greyjoy acaba morto pelo Rei da Noite, mas o grande líder também acaba sendo morto por Arya Stark. Também são mortos Sor Jorah Mormont e Melisandre, que assumiu sua verdadeira identidade.

"A Longa Noite", como foi batizado o capítulo, mostrou competência em equilibrar boas cenas de ação, uma boa dose de suspense e momentos de terror num nível digno da escala épica da série. 

BATALHA

O episódio teve início justamente onde o anterior havia parado, isto é, na apreensão diante de uma batalha que todos os personagens julgam perdida. Nesse quesito, os dois capítulos não poderiam ser mais opostos: se aquele foi marcado por falatório e pouca ação, o último quase não teve diálogos.

Encastelados em Winterfell, a família Stark, Daenerys, os irmãos Tyrion e Jaime Lannister e todos os demais agregados aguardam a chegada do exército dos mortos. Durante os dez minutos iniciais, o diretor do episódio, Miguel Sapochnik, consegue mergulhar o espectador numa tensão insuportável. A direção de fotografia escuríssima só incrementa o temor. 

A cavalaria dos dothraki é quem assume a primeira carga da batalha, trotando em direção ao breu. Silêncio. Não há sinal ou som de qualquer embate. O saldo dessa primeira investida logo chega, no lombo de cavalos sem dono; os guerreiros foram massacrados no escuro, sinal de que aquela batalha está mesmo perdida. 

SURPRESA

Resta à infantaria dos imaculados aguentar a chegada dos mortos enquanto os vivos recuam para dentro da fortaleza. Do nada, eis que chega Melisandre, que surge para salvar os encastelados incendiando as trincheiras. Não demora, entretanto, para que os mortos consigam achar meios de furar o bloqueio de fogo.

É quando começam o banho de sangue e as mortes de gente querida da série. Sem contar as centenas de anônimos que perecerão para encher o chão de corpos, são seis os personagens com alguma relevância que vão morrer ao longo dos próximos minutos. O primeiro deles é Dolorus Edd, companheiro leal de Jon Snow na Muralha, que é morto tentando salvar a pele do inábil Samwell Tarly.

A valente menininha Lyanna Mormont, outra figura com um grande fã-clube, é estraçalhada nas mãos de um gigante naquela que talvez seja a cena mais cruel do episódio, e mais digna da sanguinolência de "Game of Thrones". Ela consegue ter um momento heroico derradeiro e matar o seu algoz antes de desabar.

Série "Game of Thrones" Crédito: HBO/Divulgação

Arya Stark se prova a grande assassina que é, dando conta sozinha de vários dos mortos. Já o Cão, amedrontado com o fogo, nada faz para ajudar. Jaime, Brienne e Jorah conseguem alguns breves instantes de brilho no campo de batalha. Jon Snow e Daenerys levam a luta para os ares, a bordo dos dragões, batalhando contra o Rei da Noite, que também tem o seu dragão alado.

O derramamento de sangue prossegue por longos minutos. Beric Dondarrion é o próximo a cair, emboscado pelos mortos. Também encurralada, Arya protagoniza uma das sequências mais eletrizantes do episódio, e digna de bons filmes de terror, tentando se esconder dos exército zumbi dentro de uma sala.

Já na cripta, Tyrion e Sansa trocam afagos, à espera do fim, naquele que é provavelmente o único momento terno de todo o episódio. Quando as catacumbas começam a se abrir e delas despertam ainda mais mortos-vivos é que o episódio dá indícios de que a batalha é invencível para o lado dos bonzinhos. Os caminhantes brancos estão em todo lugar, dragão-zumbi está tocando o terror no pátio, e Jon e Daenerys parecem ser incapazes de conter os inimigos.

Prestes a chegar ao fim do capítulo, o Rei da Noite enfim consegue chegar a Bran Stark. É quando Theon Greyjoy, que protege o menino, crava o seu momento de redenção depois das várias atrocidades cometidas e se sacrifica para salvar o garoto. É mais uma das perdas sentidas da série.

Mas não salva Sor Jorah, leal protetor de Daenerys, que morre nos braços daquela a quem jurou proteger desde o começo. Não fosse a música excessivamente melodramática, o trecho teria um impacto ainda maior e poderia ter se tornado o trecho mais tocante do capítulo.

Os oitenta minutos de massacre enfim terminam com a despedida de Melisandre, outra que também teve sua cota de maldades ao longo da trama e se redime ao final. Ela parte para fora do castelo e some.

Agora que os mortos parecem não estar mais no caminho, é hora de testar se os roteiristas da série são hábeis o suficiente para dar conta do jogo dos tronos em si - afinal, é disso que trata a série. O temor é que, depois do espetáculo de horror exibido nesse último episódio, pouca coisa possa ser mais chocante.

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