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Do ES para o mundo, Alemão do Forró fará 1ª turnê nos Estados Unidos

Do ES para o mundo, Alemão do Forró fará 1ª turnê nos Estados Unidos

Com novo álbum, cantor vai levar o forró capixaba para o mundo em março de 2019; até lá, faz turnê Espírito Santo afora

Publicado em 7 de dezembro de 2018 às 18:14

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(Reprodução/Instagram @alemaodoforrooficial)

Alemão do Forró está com CD novo na pista. É o 6º lançamento que ele faz e, desta vez, escolheu um trabalho totalmente inédito para lançar os fãs que coleciona no Espírito Santo, no Brasil e, em breve, no mundo. É que, com esse álbum de 18 faixas o capixaba, ele fará uma turnê fora do País pela primeira vez. Com contrato já assinado, o "Rei do Forró Capixaba" passará 15 dias de março de 2019 nos Estados Unidos, onde já foi encomendado a levar o "forró genuinamente capixaba".

Há 16 anos na estrada - literalmente -, Alemão destaca que agradece ao Espírito Santo pelo reconhecimento que tem e destaca que é muito feliz pelo público que conquistou em toda a Grande Vitória, Domingos Martins e Santa Maria de Jetibá, locais em que avalia que é mais conhecido pelo próprio trabalho. De lá para cá, viu o cachê sair de R$ 200 para valores que hoje o permitem até comprar um carro. Nesse meio tempo, também se viu obrigado a apostar nas redes sociais e, hoje, é esse o meio pelo qual cativa mais os fãs.

Só no Facebook, ele concentra cerca de 80 mil fãs. Já no Instagram, o número passa dos 76 mil seguidores. Lembrando que o sucesso de Alemão é concentrado no Espírito Santo, onde seus shows sempre estão lotados e com ingressos esgotados antecipadamente em algumas ocasiões.

Na primeira vez que foi chamado para fazer show fora do Estado, no Rio Grande do Sul, ele pensou que o contratante estava passando um trote e não conseguia acreditar que tinha fãs que não fossem capixabas. Hoje, só quer alçar voos cada vez mais ousados e está de braços abertos para cantar e cativar os americanos e brasileiros que moram nos Estados Unidos.

(Reprodução/Instagram @alemaodoforrooficial)

Em entrevista exclusiva ao Gazeta Online, o cantor destacou os bastidores do seu 6º CD, já lançado nas plataformas digitais e nas rádios capixabas, a aposta nos videoclipes que serão lançados ainda neste ano e também adiantou um pouco da turnê que fará fora do Brasil em 2019:

Como foi chegar a esse 6º CD?

A galera já vinha me cobrando um trabalho desses há muito tempo e ele foi sendo construído aos poucos. Em breve, também vou lançar DVD, mas quero primeiro sentir como será a reação do público. De início, comecei a elaborar umas 50 músicas para, depois, selecionar umas 16 para começar a dar forma ao álbum. Tudo foi feito em Linhares, no Espírito Santo, com três participações especiais, sendo Gino e Geno, Robério e seus teclados e Felipe e Falcão. OUÇA O DISCO NO FIM DA ENTREVISTA

Nas músicas, fala de um tema central?

É um trabalho muito popular... Acho que fala muito do cotidiano, até porque eu sempre faço essa pegada. Mas sem deixar o forró nunca (risos). A novidade... Acho que são os clipes que terão de algumas músicas do CD. Neste ano, ainda vou lançar dois e, no início de 2019, mais dois. Isso é outra coisa que a galera fica pedindo muito.

E você já aposta em alguma canção para bombar mais?

Eu nunca gosto de escolher uma música, porque é o público que manda. Eu lanço e deixo o pessoal falar, tanto que nem nome coloco nos CDs, sempre coloco 'Volume I', 'Volume II'... Mas acho que as faixas um e seis, "Quem Bota o Povo Pra Dançar" e "Saudade Dela" estão sendo as mais cotadas até o momento.

Já vai rodar o Espírito Santo para lançar o álbum?

O Espírito Santo inteiro vai ver esse CD novo, porque vou pelo Estado todo com a apresentação especial do álbum. Em março, começo nos Estados Unidos. Estou com contrato assinado para ficar lá 15 dias e os locais ainda serão definidos. Por enquanto, é Espírito Santo todo, depois rodar por Rio de Janeiro, Bahia, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Em março, é partir para os EUA.

É sua primeira turnê internacional, certo? E a expectativa?

Sim, é a primeira. Estou muito ansioso... A gente vai lá fazer o nosso forrózinho capixaba. É uma ansiedade louca. Eu tinha até preocupação, porque fiquei pensando como tinha que ser o show de lá. Mas o contratante já disse que o que o pessoal está querendo é o mesmo show que eu faço aqui, em qualquer cidade, lá. É o rei do forró capixaba que o americano está querendo (risos).

Falando em rei, como começou esse apelido?

Ele veio do público da Grande Vitória. Nos shows daqui, as pessoas começaram a me chamar assim e foi pegando. A galera comprou a ideia e ai começaram a me anunciar nas rádios assim e agora até eu passei a usar (risos).

Essa coisa do alcance da sua música te espanta?

Me surpreende muito. Sempre. A gente não tem essa percepção do quanto uma música pode correr pelo mundo, a gente está sempre pensando em alguma apresentação ou show... Lembro que, da primeira vez que começaram a me ligar do Rio Grande do Sul, eu achava que era trote. Mas não era. Quando fui pela primeira vez a Porto Alegre me apresentar, vi que tem muita gente lá que é tão fã meu quanto quem me conhece desde sempre. E isso é muito legal.

O forró tem conquistado mais a cena cultural. Como isso refletiu na carreira?

O forró é um gênero que não sai de moda. Toca o ano inteiro. Mas agora, realmente, ele está em alta como nunca esteve. Acho que todos os estilos têm um pouco disso... Altos e baixos. Mas dessa vez, para o forró, está demais. Fortalece muito o nosso trabalho e ter figuras representativas, de nome, nesse segmento só ajuda a nos promover também.

No início da carreira, há 16 anos, já era assim?

Não... (risos). No começo era eu, um teclado, um cachê de R$ 200 e só (risos). Então, eu evolui muito com o meu aprendizado. Nesses 16 anos, sempre na luta... Hoje eu comemoro a minha melhor fase. Tô brindando o meu melhor momento da carreira, conquistando várias coisas e muita coisa legal tem acontecido.

Qual foi o grande divisor de águas da sua carreira?

O DVD que gravei em julho de 2017, no Matrix Music Hall, em Cariacica. Eu me arrisquei, fiz todo um planejamento, fiz um show lindo e, graças a Deus, deu tudo certo. Deu lotação máxima. Toda a estrutura foi uma loucura e foi o meu quinto DVD. Foi realmente, de lá para cá, que eu tive um 'boom' grande na carreira.

As redes sociais ajudam nesse sentido?

Demais. É uma visibilidade muito grande, é como o público nos vê quando não está no nosso show. Até pelas redes sociais é que esse pessoal de fora me encontra. Já me disseram, fora do Espírito Santo, que me conheceram com vídeos de shows meus, postagens de amigos me marcando.

A tecnologia te fez reinventar como artista?

Acho que passei a ligar mais para essa coisa de estética e visual... Hoje presto mais atenção no que eu posto e na forma como eu posto. Você consegue também ver o que o pessoal gosta mais e, é o que sempre digo: 'tem que fazer o que a galera quer que você faça'.

Você também tem conquistado um público maior nesse tempo. Como foi sua frente de trabalho?

Quem já era fiel ficou ainda mais fiel e foi apresentando, fazendo propaganda minha para os amigos. Hoje, eu me admiro, cada vez mais, pelos meus fãs. Por mais que eu faça show no mesmo lugar, as mesmas pessoas querem tirar foto e sempre aparece gente nova para conhecer.

Algum fã já fez loucura por você?

Têm umas cinco pessoas que já me mostraram tatuagem que fizeram com o meu nome. É claro que eu gosto, fico admirado... Ainda mais com tatuagem, que é coisa séria.

E você é fã de alguém?

Gino e Geno são grandes fontes de inspiração. E gosto de cantar o que eles cantam.

Não é fã de alguém de um estilo diferente do seu?

Sabe que no ano passado estava no Rock in Rio e fui abordado por um grupo de pessoas que questionava o porquê de eu estar lá? Eu gosto de rock (risos). Estava lá, vestido todo de preto, com a camisa do Guns n Roses, curto muito.

OUÇA O DISCO VOLUME 6, DE ALEMÃO DO FORRÓ

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