> >
Carnaval ecológico: 7 dicas para curtir a folia sem agredir o meio ambiente

Carnaval ecológico: 7 dicas para curtir a folia sem agredir o meio ambiente

A sustentabilidade ganha cada vez mais espaço nos blocos, com sugestões de comportamento e de consumo que vão muito além do glitter biodegradável

Publicado em 18 de fevereiro de 2020 às 18:09

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Confete feito à base de folhas secas com furador é solução para carnaval ecológico. (Reprodução/Instagram @professorascomamor)

Você já passou pelo perrengue de ficar dias com o glitter da maquiagem de carnaval grudado no corpo, não é? Agora pare e pense: quando o produto finalmente vai pelo ralo, é o meio ambiente que fica – por anos! – sofrendo com as micropartículas de plástico. Por isso o brilho biodegradável tem se tornado o must have das produções. Mas essa é só uma das dezenas de medidas que cada um pode adotar em casa para cair na folia sem prejudicar a natureza. 

Uma novidade que tomou conta da web em 2019 foi o confete de folha. Em 2020, o item vem ainda com mais força. Em suma, no lugar dos tradicionais picotes de papel, entram as folhas de árvores, mesmo, cortadas com furador. O efeito fica lindo e dá para criar a mesma ilusão que o tradicional adereço de carnaval tem, mas sem poluição.

Glitter biodegradável da Casa Soho. (Reprodução/Instagram @casa.soho)

Nas roupas, o movimento não é diferente. Segundo Iara Quaresma, consultora de imagem e estilo, as fantasias recicláveis estão em alta desde outros carnavais. "Reciclável, nesse caso, quer dizer que dê para ser reutilizada. A ideia do slow fashion, do feito à mão, artesanal, está muito mais em alta. E depois que você usa a peça no carnaval, pode reaproveitá-la em outras ocasiões. Essa tendência de consumo da moda já vem sendo muito usada na folia", diz.

Ela explica: é possível as meninas comprarem um body, por exemplo, e usá-lo com saia de tule no carnaval. Depois podem utilizá-lo para ir à piscina, à praia ou em outros looks mais depojados. "O ideal é pensar na produção com o que já existe no guarda-roupa. Mas se for comprar, que seja uma peça o mais versátil possível", reitera.

Inspiração para fantasia que pode ser reutilizada fora do carnaval (look da Amaro). (Arquivo pessoal/Iara Quaresma)

Isso é o que também defende Lorrayne Maia, outra consultora de imagem e estilo que a reportagem ouviu. "Dá para usar uma blusa com estampa divertida e amarrar com um nozinho. Vale pegar a meia-calça arrastão que está jogada no fundo da gaveta. Apostar em um acessório maior e colorido, como os brincos de argola", completa.

O Divirta-se preparou uma lista com 7 itens que farão do seu carnaval uma folia amiga do meio ambiente:

Este vídeo pode te interessar

  • 01

    Glitter biodegradável

    Ele tanto pode ser industrializado como também dá para ser feito em casa. Em casa, é à base de açúcar triturado com pó para decoração comestível colorido. Nas lojas, é vendido muitas vezes em versões ecológicas que se degradam mais rápido no meio ambiente, agredindo minimamente a fauna e flora marinha. É vendido, em média, por R$ 25 na web.

  • 02

    Confete de folha

    O nome é autoexplicativo. Este item é para ser feito em casa, com família e amigos – assim,fica mais divertido! A ideia é coletar folhas secas pelo seu bairro (algumas lojas de jardinagem até doam ou vendem por preços simbólicos esse insumo) e picotá-las com furador de papel.

  • 03

    Sai plástico, vem metal

    As garrafas de cerveja de 600ml são retornáveis, mas as long necks, não. Vão parar no lixo e são um dos resíduos mais problemáticos da atualidade. Então, na hora de beber sua loira gelada, a latinhas são escolhas mais conscientes. Além de serem feitas de alumínio 100% reciclável, você ainda ajuda as pessoas que vivem da coleta desse material. É óbvio, mas não custa lembrar: evite usar sacolas ou garrafas plásticas para carregar alguma coisa. Opte por vasilhas retornáveis e ecobags, se for o caso.

  • 04

    Aposente descartáveis e canudos

    A ideia de ser sustentável se baseia em produzir menos impacto e menos lixo. Por isso, abra mão dos descartáveis e carregue seu próprio copo – há opções divertidas, com cordões para pendurar no pescoço e não precisar ficar segurando. Mas não adianta nada aposentar o plástico das garrafas e copos descartáveis e continuar usando canudos – e vice-versa. A solução mais simples é não usa o canudo e beber diretamente do copo. Se ele for indispensável (para crianças, por exemplo), adote as versões ecofriendly existentes por aí, como as de papel, de metal ou as comestíveis e deixe de lado o plástico de vez. 

  • 05

    Lixo no lixo

    Nessa onda toda de zero plástico, não é para você sair jogando tudo pelo chão. Sobretudo se o seu carnaval é perto do mar! Cuidado para não deixar nada cair e acabar poluindo o meio ambiente. Guarde papéis, embalagens e qualquer resíduo que você produzir até encontrar uma lixeira e faça o descarte de forma correta.

  • 06

    Vá de transporte público ou em grupos

    Não tem problema ir de carro para curtir os bloquinhos ou festas de carnaval, mas tente ir em grupo. Se os amigos quiserem ir de bicicleta ou caminhando, melhor ainda! E, se não der para ser assim, que tal escolher o transporte público para não ter que se preocupar em não beber e ainda dar aquela forcinha para a camada de ozônio?

  • 07

    Fantasias criativas

    Nada de sair gastando como se não houvesse amanhã com produções que só serão usadas no carnaval. A produção de roupa também consome muitos recursos da natureza. – a indústria da moda é uma das mais poluentes do planeta. Primeiro, olhe para o próprio guarda-roupa e veja se tem necessidade de adquirir alguma peça. Lembre-se de que acessórios chamativos, como brincos e colares, já fazem toda a diferença. Se for comprar algo novo, vamos combinar: adquira um look versátil, que tanto servirá para a folia quanto para outras ocasiões.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais