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Budah aposta no rhythm and blues e desponta no cenário nacional

Budah aposta no rhythm and blues e desponta no cenário nacional

De mudança para São Paulo, a cantora capixaba fechou uma parceria com a famosa produtora paulista Altamira

Publicado em 10 de junho de 2019 às 18:38

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Budah, cantora capixaba . (Reprodução/Instagram @budah)

Era uma questão de tempo para a beleza e a voz aveludada de Budah conquistar o Brasil. Considerada uma das revelações do rhythm and blues nacional, a capixaba está de mudança para São Paulo. Na megalópole que nunca para, fechou uma parceria com a produtora Altamira (uma das mais conceituadas do país quando o assunto é rap, trap, hip hop e R&B) e está desenvolvendo uma série de projetos que prometem dar o que falar.

Alguns, inclusive, já deram, como a faixa "Quando Eu Te Ligar", que, além de Budah, conta com o som dos também capixabas Jamal e Error27. O vídeo já recebeu quase quatro milhões de acessos no Youtube. Budah também é a uma das estrelas do recém-lançado clipe "Gosto Tanto de Você" - gravado em parceria com a cantora Gaia -, que já teve quase 200 mil visualizações nas redes sociais em duas semanas.

Na plataforma da Altamira no Spotify, a capixaba é uma das destaques com a nova faixa "Dopamina", que mantém o mesmo estilo melódico que marca a sua carreira.

"Gosto da vibe romântica e de apostar em boas melodias, uma onda mais soul. Acredito que combina mais com o timbre da minha voz e esse estilo agrada o grande público", conta a cantora em entrevista ao Gazeta Online, durante o curto intervalo entre as gravações de uma série de trabalhos para a produtora paulistana. "Estamos fechando um projeto acústico com nomes já firmados na cena nacional, como Pelé MilFlows. Estou muito empolgada", complementa. Abaixo, vejo o clipe de "Dopamina".

PLURALIDADE

Budah, cantora capixaba . (Reprodução/Instagram @budah)

Budah, que se chama Brendha Rangel, faz questão de firmar o forte teor social de sua música, afinal, suas canções são impregnadas de questões relacionadas à desigualdade social e à identidade negra. Porém, em relação ao estilo musical, afirma ser eclética e aberta a experimentações.

"Não gosto de rótulos. Tento ser uma artista completa, de vários estilos e ritmos. Ainda pretendo me lançar na MPB, uma coisa meio voz e violão mesmo. Também adoro samba, tanto que sonho em gravar com Péricles e Seu Jorge”, pontua.

Tanta pluralidade de estilos também estão presentes na formação artística da capixaba. "Tenho uma forte referência de nomes como SZA, Jorja Smith e Beyoncé, mas também aposto no estilo de Vanessa da Mata e Tim Maia”, complementa.

Um dos clipes mais famosos de Budah, o poético "Licor" - lançado há cerca de quatro meses nas redes sociais -, chama a atenção não só pela qualidade da música, mas também por mostrar as belezas das praias capixabas. Perguntada se pretende sempre apresentar essa "vibe turística" em seus vídeos futuros, a cantora responde com parcimônia.

"Adorei fazer o clipe e mostrar um pouco das belezas de Vila Velha. Porém, foi uma questão de conceito. Casou perfeitamente com a 'história' da música. Nem sempre dá para fazer isso. Lógico que, sempre que for possível, vamos divulgar as belezas do Estado para o Brasil", adianta.

CENÁRIO NACIONAL

Durante o bate-papo, Budah também falou sobre a série de novos talentos capixabas que estão despontando na cena do hip hop nacional. Nomes como Vk Mac, Dudu MC, Solveris, Melanina MC e César MC foram lembrados. "Desde que o César MC venceu uma batalha de rappers em Belo Horizonte, em 2017, o resto do país começou a ver os novos talentos do Estado e nos dar uma maior oportunidade", acredita, complementando que, mesmo com tanta gente talentosa despontando, a mercado capixaba ainda é pequeno para quem pretende viver de música. "A cena local ainda é carente de infraestrutura. As coisas 'não acontecem' por aqui. Vejo o descaso de alguns contratantes, pagando cachês ruins, por exemplo".

E a agenda "pesada" da cantora não dá trégua. Nesta semana, ela embarca para o Rio de Janeiro a fim de gravar uma série de músicas com nomes "quentes" do mercado, como Azzy e Maria. "As oportunidades estão aparecendo e eu estou agarrando com unhas e dentes. Além da Altamira, estou com parcerias em várias partes do Brasil. O negócio é trabalhar bastante e firmar o nome no mercado, que é supercompetitivo", complementa.

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