Publicado em 2 de março de 2018 às 22:36
Você se lembra da Mesbla, no centro de Vitória? E da Laser Discos? Quem nunca ouviu uma propaganda da Arapuã? Ou nunca comeu uma esfirra do Habib's? E os mais velhos lembram da Livraria Âncora? Estas são algumas das lojas que se tornaram referências no comércio do Estado, mas acabaram fechando as portas e indo embora do Espírito Santo.
Uma das lojas mais famosas, e que deixou mais saudades para os capixabas, foi a Mesbla. Isso porque foi uma loja com um conceito moderno, à frente de seu tempo, e que acompanhou os capixabas por muitas décadas, conta o diretor da Fecomércio, José Antônio Pupim.
Primeiro eles distribuíam veículos na Avenida Vitória, em frente ao Colégio Estadual. Depois eles tiveram a magazine na Princesa Isabel, no Centro. Lá se comprava de tudo, não existia shopping, era o centro de compras em Vitória, lembra ele.
Até os anos 1980, o ponto central do comércio da Grande Vitória estava no Centro da Capital. Comprar presentes de Natal, móveis ou eletrodomésticos era sinônimo de visitar a Avenida Jerônimo Monteiro, a Praça Costa Pereira ou a Praça Oito.
A maioria das lojas ficava no centro de Vitória, e na Rua Sete morava a elite. E na Jerônimo Monteiro estavam muitas lojas. As Lojas Helal era a grande referência na época, até o final dos anos 1980, que hoje é onde fica as Casas Bahia. Era um magazine que vendia tudo, desde brinquedos a material escolar, artigos de viagem, sapatos, vestuário, lembra o diretor do CDL Vitória, Marcelo Salles.
Outra loja famosa no Centro, entre as décadas de 1960 e 1980, foi a Livraria Âncora, a primeira loja especializada em livros e um ponto de encontro de intelectuais, conta o historiador e poeta Fernando Achiamé.
Foi a livraria ícone da minha geração. Começou na Barão de Itapemirim e depois mudou para a Nestor Gomes, no edifício Anchieta. É onde se reuniam os intelectuais da época para trocar ideias e bater papo, relembra.
Das mais recentes, Achiamé cita a Laser Discos, uma loja referência para quem queria comprar CDs e DVDs. Eles fizeram uma rede e chegaram a ter um depósito em Santa Lúcia. Mas acabaram falindo por causa da crise do CD mesmo. A empresa durou uns 20 anos, da década de 1980 à década de 2000, diz.
Já no varejo de móveis e eletroeletrônicos, o presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Vitória Cláudio Sipolatti lembra de diversas marcas em que se espelhou para lançar sua rede de varejo.
A Giacomin era uma loja de móveis e eletroeletrônicos como a Sipolatti. Foi uma empresa que no meu início de trabalho muito me direcionei por ela. Ela saiu do mercado depois de entrar numa concordata, depois da crise dos tigres asiáticos, que fez cerca de 120 redes de varejo irem embora do mercado. Foi uma quebradeira. Nessa mesma época, a Yung, que tinha lojas em toda Grande Vitória, fechou as portas, conta.
Outra marca forte na lembrança de Sipolatti é a Arapuã. Foi a maior rede do Brasil até 1998, com 350 lojas no país, e tinha o slogan Arapuã, Ligadona em Você, afirma.
Já entre as baixas mais recentes, está o Habib's, rede de fast food de comida árabe que fechou as portas em Vitória em outubro do ano passado.
Quer relembrar essas e outras lojas que deixaram saudade? Confira abaixo.
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