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Governo vai manter orçamento integral do Bolsa Família para 2019

Governo vai manter orçamento integral do Bolsa Família para 2019

Presidente Michel Temer decidiu contrariar equipe econômica após reação de ala política

Publicado em 5 de setembro de 2018 às 18:51

Michel Temer, presidente da República Crédito: Antonio Cruz/Agência Brasil

Diante da reação da ala política do governo, o presidente Michel Temer decidiu contrariar a equipe econômica e retirar o programa Bolsa Família do projeto que condiciona o pagamento de determinadas despesas públicas a uma autorização do Congresso. Na semana passada, o governo enviou ao Legislativo uma proposta pela qual R$ 258 bilhões do Orçamento de 2019 só poderão ser pagos com aprovação dos parlamentares. Nesse conjunto, estava metade do Orçamento do Bolsa Família, R$ 15 bilhões.

No entanto, o ministro do Desenvolvimento Social, Alberto Beltrame, procurou o Palácio do Planalto para pedir a exclusão do programa desse condicionamento. Temer atendeu. O ministro do Planejamento, Esteves Colnago, disse, nesta quarta-feira (05), que já estão sendo feitos estudos para substituir o Bolsa Família. Uma opção é condicionar o pagamento de servidores. Será encaminhada uma proposta modificativa do Orçamento.

A equipe econômica precisa de autorização do Congresso para pagar parte dos gastos porque não conseguirá cumprir a chamada regra de ouro no ano que vem. Por ela, o governo não pode se endividar para pagar despesas correntes, como folha de pagamento. No entanto, como os gastos obrigatórios estão muito elevados, houve um descasamento e será preciso fazer operações de crédito para garantir todos os pagamentos necessários.

"Olhando o espaço que temos, isso deve cair na folha de pagamento dos servidores de uma forma geral. Estamos vendo a flexibilidade existente", disse Colnago no Congresso, durante a entrega formal da proposta orçamentária de 2019 ao Legislativo, que acrescentou:

"Temos a exigência da regra de ouro de condicionar R$258 bilhões. Dentro dessa possibilidade, colocamos Previdência, Bolsa Família, e alguns benefícios tributários, sempre com o cuidado de dar ao próximo presidente uma folga até junho ou julho para encaminhar ao Congresso uma emenda de crédito suplementar".

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