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A Gazeta vence prêmio nacional do Ministério Público do Trabalho

A Gazeta vence prêmio nacional do Ministério Público do Trabalho

Série de reportagens "Vidas Transformadas", sobre transexuais que rompem as barreiras do preconceito, foi primeiro lugar nas categorias Nacional e Regional Sudeste

Publicado em 5 de fevereiro de 2019 às 19:50

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Os repórteres premiados de A Gazeta: Diná Sanchotene, Guilherme Sillva, Siumara Gonçalves e Mariana Perim. (Divulgação)

A reportagem “Vidas Transformadas: transexuais rompem as barreiras do preconceito”, publicada por A Gazeta, foi campeã na categoria jornal impresso e revista impressa do prêmio do Ministério Público do Trabalho. A matéria venceu nas categorias Nacional e Regional Sudeste.

O material, escrito pelos jornalistas Diná Sanchotene, Guilherme Sillva, Mariana Perim e Siumara Gonçalves, apontou diversos olhares sobre a temática trans no Espírito Santo, incluindo Trabalho, Educação, Saúde e Segurança. Este é o quinto ano seguido que o jornal vence, pelo menos, uma categoria do prêmio do Ministério Público do Trabalho.

“A gente está muito feliz, principalmente porque é o reconhecimento de um trabalho que demandou muita sensibilidade, muita empatia. Nós quatro crescemos muito como pessoas tendo contato com os transexuais que aceitaram conversar com a gente e, mais uma vez, digo que a boa informação é o caminho para a gente combater todo tipo de preconceito, transfobia, machismo... Enfim, estamos muito felizes!”, disse Mariana Perim.

“Pra gente foi um esforço muito grande, cada um fazendo a sua parte para conseguir entregar o melhor produto possível para o leitor. É super gratificante ter esse reconhecimento num momento tamanha intolerância entre as pessoas, sobretudo com a população trans”, comentou Siumara Gonçalves.

“Para nós foi muito importante esse prêmio porque é o nosso papel de esclarecer, informar, orientar. A gente sabe que o preconceito é muito grande contra essas pessoas, mas que elas estão na luta diária e confiaram na gente ao contar as histórias, ao mostrar o rosto... e esse prêmio é delas também. A gente só tem a agradecer ao apoio de todos. Isso é muito importante para a nossa carreira, para o jornal, para a classe trans, para todos”, disse Diná Sanchotene.

“A gente está muito feliz. É uma pauta que começou na Revista AG. Um assunto muito delicado, mas a gente resolveu contar a história dessas pessoas. O Brasil é o país que mais mata transexuais no mundo e esse dado não pode continuar. Por isso resolvemos contar essa história, resolvemos dar voz a essas pessoas e vamos dar cada vez mais. Estamos, todos, muito felizes”, concluiu Guilherme Sillva.

No total, 395 reportagens de todo o país foram inscritas no concurso dedicado à valorização de peças jornalísticas que abordam irregularidades contra os trabalhadores brasileiros. Entre elas, 27 venceram a fase regional, sendo classificadas para a etapa nacional. A premiação aconteceu na tarde desta terça-feira (5) na sede do Ministério Público do Trabalho, em Brasília.

MEMÓRIA

Siumara lembrou que foram cerca de dois meses de trabalho – desde o início das reuniões para definir as tarefas da equipe, até a publicação que aconteceu junho do ano passado. “Foi uma grande dificuldade porque o tema é incomum. Na maioria das vezes que a temática trans é noticiada é por conta de violência, preconceito, algo negativo. A gente queria mostrar também o lado positivo”, disse lembrando que muitas das dificuldades têm sido vencidas com a ajuda dos órgãos públicos.

“Foi um desafio muito gratificante porque tínhamos muitas histórias ricas em detalhes e precisávamos ter o máximo de sensibilidade durante a produção. Esse reconhecimento é prova de que a boa informação também é caminho para combater problemas tão urgentes da sociedade atual, como a questão trans”, completou Mariana Perim.

Diná Sanchotene destaca o lado humano da matéria. “Infelizmente nós ainda vivemos num país muito preconceituoso. E ficamos muito felizes com a receptividade que tivemos. Nós conseguimos fazer um mix das conquistas já foram alcançadas com os avanços que ainda precisam acontecer”, comentou.

O repórter Guilherme Sillva resumiu o sentimento do grupo. “É muito gratificante ver que essas histórias podem ter ajudado outras pessoas. Em tempos tão estranhos, contar histórias de vidas dessas pessoas que resistem faz a gente ter esperanças em dias melhores. Mais uma vez, orgulho do jornalismo que fazemos.”

OUTROS PRÊMIOS

 2017 

Matéria Especial e Fotografia

Patrik Camporez venceu na categoria matéria especial com a publicação “Dor e morte no caminho das pedras”. Na mesma edição, Ricardo Medeiros teve a melhor fotografia na categoria regional Sudeste, com a imagem “Profissão extinta, o retrato de uma pós-tragédia".

 2016 

MPT de Jornalismo e Webjornalismo

Mikaella Campos e Vilmara Fernandes receberam o maior prêmio da competição com a reportagem “A caixa-preta dos sindicatos”, além das categorias web regional sudeste e web nacional.

Impresso nacional e regional

Produzida por Beatriz Seixas e Mikaella Campos, a série “Tragédia na plataforma” foi a melhor nas categorias impresso regional sudeste e web nacional.

 2015 

Especial fraudes trabalhistas

Beatriz Seixas, Mikaella Campos e Viviane Carneiro faturaram o prêmio MPT Especial, com a série de reportagens “Terceirização – trabalho desumano e abandono”.

 2014 

Regional Sudeste

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Patrik Camporez venceu a categoria regional Sudeste, com a reportagem “A rotina desumana da colheita do café”.

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