Publicado em 22 de janeiro de 2025 às 14:31
Quando se trata de transição de carreira, as mulheres ainda enfrentam desafios que vão desde preconceitos enraizados até a cobrança por multitarefas no trabalho e na vida doméstica. Essas questões tornam o processo mais desafiador, exigindo um equilíbrio entre a busca por realização profissional e as responsabilidades pessoais. >
No entanto, cada vez mais pessoas têm demonstrado que é possível romper barreiras e redefinir suas jornadas. Com planejamento estratégico e foco, a transição de carreira pode ser uma oportunidade de transformação e conquista de um espaço mais justo e gratificante no mercado de trabalho. >
Um estudo realizado pela Maturi, plataforma voltada para o mercado de trabalho 50+, e NOZ Inteligência, empresa de pesquisa e inteligência de negócios, 70% das mulheres maduras estão passando pela transição de carreira. >
Marciele Scarton,autora do best-seller “O Grande Poder”e mentora em desenvolvimento feminino que passou por essa transição, comenta que a chave para uma mudança bem-sucedida começa com o autoconhecimento.“Antes de explorar o mercado, é essencial fazer uma investigação interna. Saber o que você realmente almeja com a nova atuação é crucial para tomar decisões assertivas. Está buscando flexibilidade, maior remuneração ou explorar uma aptidão inexplorada? Cada motivação está ligada aos valores pessoais de cada uma”, explica a autora. >
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Ela destaca que valores como liberdade, segurança, reconhecimento, contribuição e desafio guiam as escolhas. “Por exemplo, quem valoriza liberdade pode preferir carreiras mais flexíveis, enquanto aquelas que buscam segurança podem priorizar estabilidade financeira”, resume. >
Confira as dicas da especialista para evitar erros na hora da transição: >
Com a expectativa de vida aumentando, mudar de carreira após os 35 anos está se tornando cada vez mais comum e viável. Marciele enfatiza que é necessário ressignificar pensamentos limitantes, como a ideia de que a transição deve ocorrer antes dos 40, além disso, reconhecer sinais como desânimo, ansiedade e irritabilidade no trabalho pode ser um indicador de que é hora de planejar a mudança. >
“Já com a decisão tomada, é normal que alguns medos surjam, mas ela reforça que é possível passar por isso de forma mais leve. Com um cronograma de ações bem estruturado, incluindo uma reserva financeira, a transição pode ser feita com tranquilidade e escolhas mais conscientes”, ensina. >
Enquanto as competências técnicas são esperadas, Marciele aponta que as soft skills são o verdadeiro diferencial em uma transição de carreira. “Inteligência emocional, comunicação interpessoal, autonomia e criatividade são fundamentais. Muitas mulheres subestimam sua criatividade, mas é uma característica essencialmente feminina que deve ser explorada nos novos desafios”, avalia. >
Entre os maiores obstáculos, a escritora cita pensamentos limitantes e resistências ao ambiente. Para superá-los, ela defende o fortalecimento do propósito e o autoconhecimento como pilares. “Entender quem você é e o que deseja é o que permitirá seguir confiante, mesmo diante de dificuldades”, diz Marciele. >
As mudanças sempre apresentam desafios, mas contar com uma rede de apoio faz toda a diferença nesse processo. Estar cercada de pessoas que apoiam seu crescimento é essencial. “É fundamental estar em um ambiente que incentive sua evolução. Procure quem inspire, motive e esteja alinhado ao que você busca”, finaliza Marciele. >
Por Beatriz Bradley Moreira >
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