Publicado em 28 de fevereiro de 2018 às 14:30
O ano de 2018 começou com alguns sinais positivos para o emprego, segundo os dados divulgados nesta quarta-feira pelo IBGE, mas a realidade ainda é de um contingente de 12,7 milhões de desempregados. Aos poucos, o mercado de trabalho dá mostras de uma recuperação que tem sido contínua, ainda que o caminho seja longo e lento.>
Desde o recorde de 13,7% do desemprego em março do ano passado, a taxa vem perdendo força. No trimestre encerrado em janeiro, ficou em 12,2%, o que representa estabilidade frente ao trimestre anterior, que é o encerrado em outubro, quando também ficou em 12,2%. A boa notícia de janeiro é que não houve aumento do desemprego, que é comum nesta época do ano. Isso porque os trabalhadores temporários contratados para o Natal costumam ser demitidos, o que pressiona a taxa. Se houve estabilidade, é sinal de que houve a dispensa, mas o período também foi de contratações.>
A população ocupada avança há três trimestres seguidos na comparação com o trimestre anterior. No resultado de janeiro, chegou a 91,7 milhões de trabalhadores. O perfil das novas vagas ainda é ruim, predominantemente informal, mas o número de empregos com carteira assinada parou de cair, na comparação com o trimestre anterior, o que pode sugerir uma melhora mais adiante da qualidade do emprego.>
No outro lado, o contingente de desempregados parou de crescer: ficou estável em relação ao trimestre encerrado em outubro (12,7 milhões) e pouco abaixo de igual período do ano passado, quando 12,9 milhões de pessoas estavam sem emprego.>
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Os sinais positivos, claro, precisam ser observados com muita cautela. O Brasil chegou ao fundo do poço no ano passado, com uma taxa de 13,7% de desemprego e mais de 14 milhões sem emprego. Assim, qualquer melhora no mercado de trabalho se dá a partir de um patamar muito baixo. Os avanços têm ocorrido, mas o mundo do trabalho está distante demais do que seria aceitável para garantir o bem-estar da população brasileira.>
É preciso levar em consideração que, mesmo com a recuperação esperada para este ano, a taxa de desemprego ainda ficará em dois dígitos, na média do ano, segundo as projeções de economistas. Os efeitos no mercado de trabalho da maior recessão brasileira dos últimos 40 anos ainda permanecerão por um tempo.>
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