Estúdio Gazeta
ArcelorMittal Tubarão
Uma planta dessalinizadora, construída pela ArcelorMittal Tubarão para diversificar sua matriz hídrica, colocou o Espírito Santo na vanguarda das soluções em fontes alternativas de água no país. O projeto entrou em operação neste mês de setembro e representa a maior planta de dessalinização de água do mar do Brasil para fins industriais.
Resultado de investimentos da ordem de R$ 50 milhões, o sistema de ponta tem capacidade inicial para dessalinizar 500 m³/hora de água, volume que poderá deixar de ser consumido do Rio Santa Maria da Vitória, importante manancial que, juntamente ao Rio Jucu, responde pelo abastecimento de água da Grande Vitória, da parte continental da Capital e do município da Serra.
A planta utilizará tecnologia de osmose reversa, a mais usada no mundo e já presente em países como Israel, Espanha, Estados Unidos e outros. Para definir pelo melhor método a ser adotado no Estado capixaba, a produtora de aço fez estudos, testes e visitas técnicas em plantas internacionais durante dois anos. O trabalho envolveu amplo time de profissionais, incluindo pesquisadores do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da ArcelorMittal do Brasil e da Espanha.
“Trata-se de um processo totalmente moderno e inovador. Estamos absolutamente engajados para que seja bem-sucedido e venha a se tornar referência para outras empresas e indústrias do Espírito Santo e de todo o Brasil”, afirmou Benjamin Baptista Filho, presidente da ArcelorMittal Brasil e CEO ArcelorMittal Aços Planos América do Sul.
Instalada em uma área livre da empresa, próxima às suas centrais termelétricas, a planta ocupa cerca de 6 mil m². Essencial para sustentar o funcionamento de um equipamento tão robusto, a energia elétrica a ser utilizada será gerada pela própria unidade, que é autossuficiente.
“O consumo da planta será de cerca de 3MW/mês, o que representa menos de 1% do total de energia produzida em Tubarão”, explicou Erick Torres, vice-presidente de Operações da ArcelorMittal Aços Planos.
Primeira do Grupo ArcelorMittal no mundo, a planta está alinhada à sua estratégia frente a futuros cenários de escassez hídrica. “Ao longo da nossa história, temos dado atenção recorrente à questão da água, mas intensificamos esse cuidado nos últimos anos por conta do cenário de mudanças climáticas no planeta. São alterações que geram impactos e instabilidade na ocorrência de chuvas e vazão dos rios, colocando em risco ativos e operações das organizações. Com esse projeto, vamos garantir maior estabilidade operacional para a nossa empresa e maior disponibilidade de água potável do Santa Maria para a população. Além disso, por conta do perfil inovador, o projeto também será de grande valia para o desenvolvimento futuro de mão de obra especializada no país”, avaliou o vice-presidente.
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