Árbitro capixaba com maior número de atuações nacionais e internacionais, especializado em gestão esportiva,e que atuou em dez finais do Campeonato Capixaba, além de partidas das séries A, B, C e D do Campeonato Brasileiro.

Comportamento inadequado de técnicos à beira do campo virou rotina

Abel Ferreira, Mano Menezes, Rogério Ceni, Sampaoli e Fernando Diniz são os que mais protagonizam chiliques

Publicado em 15/04/2021 às 02h00
Atualizado em 15/04/2021 às 02h05
Abel Ferreira
Técnico do Palmeiras, Abel Ferreira foi expulso ainda no primeiro tempo da final da Supercopa do Brasil diante do Flamengo. Crédito: Cesar Grecco/Palmeiras

Desde que a regra mudou em 2019 e passou a ser permitida a aplicação de cartão amarelo e vermelho aos oficiais de equipes, ou seja, aos treinadores e membros das comissões técnicas que estejam no banco de reservas, tem ficado mais evidente o comportamento inadequado de muitos deles. Reclamações, xingamentos e protestos descabidos em lances corriqueiros nas partidas terminam em expulsões e prejuízos para as próprias equipes.

Na última semana, na decisão da Supercopa entre Flamengo e Palmeiras, o técnico palmeirense, Abel Ferreira, foi expulso ainda no primeiro tempo, após receber advertência verbal e cartão amarelo. Mas a lista dos indisciplinados é grande. Além do português, Mano Menezes, Rogério Ceni, Sampaoli e Fernando Diniz são os que mais protagonizam chiliques à beira dos gramados, o que infelizmente está se tornando uma triste rotina, sem falar no treinador Lisca, que se faz de doido.

As equipes precisam entender urgentemente a necessidade de mudança de comportamento dos técnicos e dos jogadores, pois os prejuízos são maiores do que se imagina. Um cartão amarelo aplicado pode gerar impacto tático em uma equipe que muitas vezes tem que substituir o jogador, já que o adversário passa a forçar o jogo em cima do atleta "amarelado", podendo causar sua expulsão – e tudo parte de um comandante equilibrado dando exemplo aos seus atletas.

A regra do jogo é clara em não aceitar reclamações, contestações acintosas, além de pontuar que estas devem ser punidas pela arbitragem. A comunicação com a equipe de arbitragem deve ser de forma respeitosa sempre, mesmo que se discorde de suas decisões.

Por outro lado, é importante observar que quando as reclamações são demasiadas, e ainda mais por parte de ambas as equipes, o que está se passando na partida com a arbitragem para que as decisões não sejam bem aceitas. Ser árbitro não é tarefa fácil, mas o bom andamento do jogo é tarefa de todos que fazem parte do espetáculo.

COPA DO BRASIL

Em um lance de cartão vermelho aplicado pelo árbitro paraense Dewson Freitas no jogo entre Cianorte e Santa Cruz, o lateral direito da equipe pernambucana Augusto Potiguar foi expulso por tentar dar um soco no rosto do adversário. Isso mesmo, tentar. A regra classifica essa tentativa como conduta violenta. No caso, o que está sendo punido é a conduta do jogador e não a falta propriamente dita.

NOTA NEGATIVA

América-MG e Ferroviário-CE
Gol legal não foi visto pela equipe de arbitragem da partida entre América-MG e Ferroviário-CE. Crédito: Reprodução/TV Glogo

Foi para a arbitragem paulista no jogo entre América-MG e Ferroviário-CE apitado pelo árbitro Vinicius Gonçalves Dias. Na disputa de pênaltis, o assistente Miguel Cataneo Ribeiro, que tem a função observar se a bola entra ou não, e estava a cinco metros da trave e da linha do gol, não viu a bola quicar dentro do gol e acabou prejudicando o time cearense, já que o América venceu nas cobranças da marca do pênalti e passou de fase, eliminando o Ferroviário.

NOTA POSITIVA

A arbitragem do trio capixaba Dyorgenes Padovani, Fabiano Ramires e Vanderson Zanotti no jogo entre ABC-RN e Botafogo.

CURIOSIDADE DO DIA

  • Arbitragem: A figura do árbitro no futebol só surgiu em 1868. Ele ficava sentado numa cadeira, na sombra, servindo para tirar as dúvidas dos capitães das equipes (que eram as pessoas que decidiam se havia alguma falta ou não em comum acordo). Somente em 1878 é que surgiu o apito, mas ainda não servia para marcar faltas, mas para avisar sobre o começo e término dos jogos. Em 1881, enfim o árbitro entrou em campo e começou a decidir sobre infrações sem a consulta de capitães, fazendo parte da regra.

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