Análises semanais do setor de imóveis com especialistas da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-ES), Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci-ES) e Sindicato Patronal de Condomínios (Sipces)

2023 já chegou. E como fica o mercado imobiliário?

Nos últimos dois anos, o mercado imobiliário se destacou, crescendo muito mais que a economia brasileira. Em 2023, a previsão é que isso ainda perdure

Vitória
Publicado em 02/01/2023 às 01h58
mercado imobiliário, valorização de imóveis
Notícias positivas sobre a grande valorização dos imóveis ainda são destaques nos principais jornais e portais de notícias. Crédito: Shutterstock

*Eduardo Fontes

Passadas as eleições e a Copa do Mundo (infelizmente, não deu pra gente), é hora de renovarmos as energias e avaliarmos o que nos espera em 2023. Muitas incertezas ainda persistem.

Sob a ótica política, enquanto escrevo este artigo, são divulgados os principais nomes dos ministérios do presidente eleito. O novo Congresso, com uma maioria mais alinhada às pautas do presidente que se despede, inicia os trabalhos já em janeiro.

Na área econômica já conhecemos os nomes dos principais políticos que terão o desafio de fazer com que a nossa economia cresça com uma inflação dentro da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional e perseguida pelo nosso independente Banco Central (Bacen).

Ainda que a situação da pandemia esteja controlada em nosso país, na China, os desafios ainda persistem. Sobre a guerra Rússia/Ucrânia, o desfecho também parece longe do fim.

Mas e o mercado imobiliário? O que tem a ver com tudo isso? Ora, quando falamos de incertezas e falta de previsibilidade, é natural que as pessoas fiquem um pouco mais receosas em consumir. E isso vale para qualquer tipo de bem ou serviço. Um imóvel, um carro, uma viagem, um presente, uma saída a um restaurante, tudo isso pode ser adiado enquanto houver dúvidas e desconfiança.

Nos últimos dois anos, o mercado imobiliário se destacou, crescendo muito mais que a economia brasileira. Em 2023, a previsão é que isso ainda perdure e o crescimento da indústria da construção alcance 2,5%. Lembrando que, para o próximo ano, nossa economia não deve crescer mais do que 1%.

Este crescimento do mercado imobiliário, mesmo que menor do que os últimos anos, reforça meu otimismo sobre as vendas e futuros lançamentos. Ainda que tenhamos juros relativamente altos com Selic próxima a 14% a.a, temos crédito imobiliário com taxas atrativas e às vezes inferiores a 9% a.a. Vale lembrar que este financiamento imobiliário destinado ao mutuário final ainda é bastante concorrido entre os bancos e quem ganha com isso é o cliente.

No quesito emprego, quase meio milhão de pessoas foram empregadas com carteira assinada nos últimos dois anos.

E para finalizar, não menos importante, a inflação medida pelo INCC mostra desaceleração desde junho deste ano.

Notícias positivas sobre a grande valorização dos imóveis ainda são destaques nos principais jornais e portais de notícias. Isso mostra que as vendas seguem boas, saudáveis e com estoque de unidades prontas ou em construção em queda.

Nossas principais cidades capixabas vêm liderando este ranking com Vitória e Vila Velha entre as cinco maiores, que registraram grande valorização.

Que mantenhamos o otimismo para este ano, com muito trabalho e grandes desafios. Temos o dever de fazer a nossa parte para que o país dê certo e avance sobre seus gargalos gerando mais oportunidade para todos os brasileiros.

*Eduardo Fontes é presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-ES)

Eduardo Fontes é presidente da Ademi-ES
Eduardo Fontes: "Que mantenhamos o otimismo para este ano, com muito trabalho e grandes desafios". Crédito: Ademi-ES/Divulgação

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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