Mariana Reis é administradora de empresas e educadora física. É pós-graduada em Gestão Estratégica com Pessoas e em Prescrição do Exercício Físico para Saúde. Atua como consultora em acessibilidade e gestora na construção e efetivação das políticas públicas para a pessoa com deficiência em Vitória

A força a gente encontra no caminho

Tratei de aceitar os desafios como lição para o meu crescimento, entendendo que sou uma pessoa diferente a cada minuto e que a construção e evolução do meu caráter é constante

Publicado em 16/03/2021 às 02h00
Estudando no notebook
Alma leve e coração nas mãos: me entrego às profundezas, pesquisas e surpresas do mestrado. Crédito: Shutterstock

Aos trancos e solavancos, com medo e esperança. Forte, fraca e flexível nos abismos. Eliminando os excessos e atenta aos chamados, fui encontrando minha essência ao longo desse tempo marcado pela pandemia. Diante dos desafios impostos pelo isolamento, da ameaça à sobrevivência, do risco real da morte e de perdas para todo lado, compreendi o quão pouco sei sobre o significado do existir. Mas foi assim, humildemente, que me descobri um pouco mais curiosa e continuei em frente, apesar das incertezas.

Em 2020, as dúvidas me empurraram em direção às experiências vitais de todos os dias, me via em casa presa, mas com os pensamentos soltos pelo mundo em busca de ação. As dúvidas também me obrigaram a encarar as surpresas pelo caminho, me fizeram acreditar que tudo isso vai passar, ainda que demore. Inquieta quanto à luta pela existência, continuei o percurso nem sempre com harmonia mas resistindo aos descompassos. E recusar desafios propostos pela vida nunca foi comigo. Então, tratei de aceitá-los como lição para o meu crescimento, entendendo que sou uma pessoa diferente a cada minuto e que a construção e evolução do meu caráter é constante.

O tempo não para

Esculpir minha história durante esse tempo foi entender as quedas, a escuridão e o fundo do poço. Foi, acima de tudo, lidar com a perda do outro. Também foi não abandonar a busca pelo sonho, por aquilo que tanto se deseja. Viver como se fosse morrer amanhã parece ter tomado conta das minhas atitudes nesse mosaico que entendi ser a vida. Estou aprendendo também que olhar para cima é desfrutar de um céu repleto de bênçãos , encontros e descobertas.

Olhar para o céu, inclinar o pescoço significa bravura e coragem para se maravilhar com os aprendizados, respirar, revigorar e continuar a caminhada. Como dizia Cazuza: o tempo não para. Não para não. Eu não me preparei tão somente para uma caminhada, o ano que passou me deixou um bilhete para embarcar em mais um novo e profundo mergulho. Um mergulho para dentro de mim. O próximo destino já está escolhido. Vou sem mapa e sem manual, sem julgamentos e sem saber o roteiro certo.

Rumo a um novo desafio: o mestrado

Faço esse embarque de peito aberto para abraçar bem mais do que me cabe, insistindo e sonhando acordada, aprendendo mesmo que teimando, escolhendo as paisagens como resultado desse mergulho, forjada a intempéries, curiosidades, riscos e medo, mas também com entendimento, humildade, resiliência e sorte. Alma leve e coração nas mãos: me entrego às profundezas, pesquisas e surpresas do mestrado. Lá vou eu para a mais importante viagem de 2021. Bem-vindo!

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