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Partido muda de comando no ES e retira apoio a Erick Musso

Ex-presidente diz que deve haver desfiliação em massa por discordância com a atual direção: "Não vamos apoiar um doido"

Vitória
Publicado em 23/06/2022 às 20h56
Erick Musso, presidente da Assembleia Legislativa e pré-candidato ao governo do ES
Erick Musso, presidente da Assembleia Legislativa e pré-candidato ao governo do ES. Crédito: Ellen Campanharo/Ales

O Agir (antigo PTC) havia declarado apoio ao presidente da Assembleia Legislativa, Erick Musso (Republicanos), na corrida pelo governo do Espírito Santo, mas, nesta quinta-feira (23), o jogo virou.

O pré-candidato ao Senado pelo partido, Idalecio Carone, assumiu o comando da sigla no estado e garantiu que, com ele, "acabou, não tem apoio a Erick Musso, não".

O presidente anterior, Adriano Rocha, já havia se aproximado de Erick e considerava que o mais adequado seria Carone ser candidato a deputado federal. O empresário, no entanto, recorreu à direção nacional do Agir, que retirou o controle das mãos de Rocha.

O ex-presidente diz que deve haver uma debandada do partido no estado. "Tínhamos chapas completas de candidato a deputado federal e a estadual. Podemos sair em bloco. Eu mesmo sou pré-candidato a deputado federal e não vou disputar com Carone à frente do partido", avisou.

"Os candidatos a deputado reagiram a isso, não querem apoiar a candidatura dele ao Senado. Não vamos apoiar um doido", disparou.

"A direção nacional do partido não conhece a realidade local. Eles acham que o Carone tem mais chance de ser eleito senador do que Sérgio Meneguelli ou Magno Malta. O nome dele (Carone) nem aparece nas pesquisas porque ninguém sabe que ele é candidato", alfinetou, ainda, Rocha.

O pré-candidato ao Senado refuta a tese de esvaziamento do partido, diz que filiou diversos aliados à sigla e eles vão permanecer lá.

"Pelo visto eles querem direcionar o partido para algum candidato ao governo, mas não vai ser com os nossos candidatos. Vamos apoiar o Erick, mesmo que a gente não dispute as eleições", avisou Adriano Rocha.

"FRACO"

Carone diz que não vai endossar Erick Musso porque "ele é fraco" e porque o presidente da Assembleia marcou diversas vezes de conversar com ele e, depois, o ignorou. "Não me respeitou então eu também não respeito ele", bradou.

O empresário, dono da Rede TV no estado, afirma ainda que o Agir pode ter candidato próprio ao governo.

Ele não descarta, no entanto, apoiar a reeleição do governador Renato Casagrande (PSB).

O filho de Idalecio Carone, Marcel Carone, trabalha pela eleição de outro pré-candidato ao Senado, o pastor Nelson Junior (Avante), como a coluna mostrou nesta quinta-feira (23).

"Ele (Idalecio) é um cara que só arruma confusão, nem o filho dele apoia ele", alfinetou Adriano Rocha.

Para fechar o debate de alto nível, Idalecio Carone disse que Rocha "é um neném", que não sabe nada de política.

"Eu, por outro lado, conheço todos os políticos, só não conheço esse Erick. Pedi para me respeitarem porque tenho a vida deles toda na minha mão", avisou Idalecio Carone.

Erick Musso conta com o apoio do Patriota e do PSC.

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