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O que Casagrande diz sobre a prisão de Bolsonaro

Governador do ES falou com exclusividade à coluna horas após a prisão do ex-presidente da República

Vitória
Publicado em 23/11/2025 às 08h43
Suzano
O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande. Crédito: Carlos Alberto Silva

A prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no sábado (22), provocou reações de aliados e adversários e, claro, memes. Mas até que ponto pode afetar as eleições de 2026? 

O governador Renato Casagrande (PSB) avalia que vai haver, sim, um impacto, mas nada além do esperado desde a condenação do ex-presidente, em setembro, por tentativa de golpe de Estado.

"Acho que não tem muita mudança, porque, com a condenação do ex-presidente Bolsonaro, isso já era uma expectativa", afirmou o governador.

"Lógico, isso inflama os defensores do ex-presidente, que se movimentarão e estão se movimentando, mas não acredito que haja um impacto diferente do que já teve após a condenação", completou.

Ele falou com a coluna, com exclusividade, no sábado à tarde.

A prisão de Bolsonaro foi preventiva e não para o cumprimento da pena imposta na condenação por participação em atos golpistas.

A Polícia Federal apontou que ele tentou violar a tornozeleira eletrônica, o que acendeu o alerta para uma possível fuga.

O próprio Bolsonaro admitiu que tentou romper o equipamento, por "curiosidade" ou por achar que a tornozeleira estava emitindo "vozes".

"A prisão é preventiva por preocupação, segundo a Polícia Federal, de alguma medida dele, ou da família dele (para escapar do cumprimento da pena). Há o impacto momentâneo, de hoje, mas aquilo que tinha que acontecer já aconteceu. Terá reflexo na eleição do ano que vem, sim, mas não teremos muitas outras manifestações e mudanças em relação ao que já tivemos com a condenação definitiva dele", reforçou Casagrande.

O governador do Espírito Santo foi reeleito em 2022 após parte dos aliados dele adotarem uma estratégia curiosa, o voto "CasaNaro", em que pediam, ao mesmo tempo, votos para o socialista e para o então presidente da República.

Bolsonaro perdeu para Lula, no país, mas se dependesse apenas dos eleitores do Espírito Santo, teria sido reconduzido ao cargo ainda no primeiro turno, com 52,23% dos votos.

2026

Em 2026, o nome do ex-presidente não vai estar nas urnas, pois, além de preso e condenado, ele está inelegível. Na direita, já uma série de candidatos a herdeiros do espólio do bolsonarismo. 

No Espírito Santo, Casagrande deve concorrer a uma vaga no Senado, embora ainda não tenha anunciado isso.

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