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O PP apresenta suas armas na corrida pelo Senado no ES

O deputado federal Da Vitória é o nome da sigla para o posto, que está concorrido na chapa de Renato Casagrande

Vitória
Publicado em 29/04/2022 às 02h10
Deputado federal Josias da Vitória
Deputado federal Josias da Vitória. Crédito: Billy Boss/Câmara dos Deputados

O PP apresenta suas armas. Não é segredo que o Progressistas quer uma vaga na chapa do governador Renato Casagrande (PSB), preferencialmente o Senado. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), já explicitou isso no dia em que o deputado Da Vitória se filiou à sigla.

Já detalhamos aqui o apetite do Podemos pelo mesmo posto e a intenção do PSDB, que ainda não bateu o martelo sobre quem apoiar na corrida ao Palácio Anchieta, de chegar lá. Agora tratemos do PP, que saiu turbinado da janela partidária, angariando deputados federais e estaduais.

É um partido de centro-direita, que pode ajudar Casagrande a colher votos nesse campo. Certamente vai estar na aliança do socialista. Quanto ao Senado, vai ser preciso bater os concorrentes.

Vejamos os predicados de Da Vitória na corrida pela vaga de candidato ao Senado com Casagrande: é historicamente próximo ao governador, é policial militar da reserva, é de direita.

Enquanto isso, Rose de Freitas (MDB) disputou o governo do estado contra Casagrande em 2018. E o coronel Alexandre Ramalho (Podemos) foi comandante da Polícia Militar no governo Paulo Hartung (ex-MDB). Os dois estão no páreo para obter o apoio de Casagrande na disputa pelo Senado. Há ainda Nelson Júnior, pelo Avante.

"O apoio que Casagrande precisa é no lado mais liberal, de direita, e ele encontra isso no PP", diz um aliado.

Há no ar, no entanto, uma preocupação que pesa até sobre a cabeça do próprio governador: e se Da Vitória deixar de disputar a reeleição, tentar o Senado e ficar sem nada?

A viabilidade eleitoral é uma interrogação. Em 2018, Fabiano Contarato (então filiado à Rede) e Marcos do Val (na época no Cidadania) consolidaram-se apenas na reta final.

O PP está bastante confiante, mas integrantes de siglas da base de Casagrande mesmo não têm o mesmo entusiasmo.

"Sem Da Vitória (se ele sair da chapa de candidatos a deputado federal) o PP corre o risco de eleger apenas um federal", aposta um deles.

O PP bota banca que elege três ou até quatro. Na chapa estão os já deputados federais Neucimar Fraga, Norma Ayub e Evair de Melo. Além do presidente estadual do PP, Marcus Vicente, e o próprio Da Vitória.

Sem ele, acreditam que conseguem emplacar dois deputados federais.

"Construímos uma grande legenda, a maior do estado. Qual o motivo para o PP não participar da majoritária? Com vice ou Senado?", questiona um progressista.

Da Vitória, ao menos publicamente, se diz pré-candidato à reeleição. Mas o secretário-geral do PP estadual, Marcos Delmaestro, admite: "Da Vitória tem interesse de ser senador".

O presidente estadual do partido é comedido. Diz que isso não vai ser decidido agora e sim somente durante o prazo de realização de convenções partidárias, entre 20 de julho e 5 de agosto.

Sobre a sustentação de uma grande aliança que perpassa diversos matizes ideológicos, Marcus Vicente não vê problema.

"Isso não passa pela ideologia de ser de centro esquerda ou direita e sim pelo compromisso com a coisa pública e com resultado", avaliou.

O PP é um partido do Centrão e, como tal, é pragmático. Não se aferra a questões ideológicas. 

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