Karina Mazzini é dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia com mais de 30 anos de experiência. Neste espaço vai trazer para os capixabas as maiores novidades e tendências da área da saúde e beleza.

Naturalização Facial: é possível rejuvenescer sem exageros

A nova técnica, desenvolvida por dermatologistas brasileiros, vai na contramão do rosto padronizado da Harmonização Facial.  A ideia é corrigir as imperfeições e realçar o que o paciente tem de melhor da forma mais natural possível

Vitória
Publicado em 01/08/2023 às 11h01
Harmonização facial
A busca pelo tão sonhado rosto jovem tem resultado em faces exageradas e padronizadas. Crédito: Shutterstock

O exagero dos tratamentos estéticos tem sido alvo de debates ultimamente e não é uma discussão repentina, já que o que mais tem se visto por aí são casos de harmonizações monstruosas com expressões paralisadas e preenchimentos que deixam o rosto com aparência de inchaço.

Diante de tantos resultados assustadores que temos visto por aí, ficam os questionamentos: Qual é o limite? Existe limite? É possível rejuvenescer sem mudar completamente as características? Bom, essas perguntas talvez não tenham respostas certas, porque variam de acordo com cada profissional. Em minha opinião, como dermatologista, acredito que não há por que anular o que cada um tem de melhor e criar um rosto padrão. Isso denuncia que foram feitos inúmeros procedimentos para tentar “recuperar” o que os anos levaram embora.

Justamente por conta desse pensamento surgiu uma nova técnica - desenvolvida por dermatologistas brasileiros - que vai na contramão da Harmonização Facial: a Naturalização Facial. Como o próprio nome já diz, o “natural” é a palavra-chave dessa técnica e, com ela, podemos corrigir as imperfeições e realçar o que o paciente tem de melhor, usando pouco produto. Ela combina tecnologias com injetáveis, deixando o resultado muito mais suave, bonito e natural.

Para reduzir a quantidade de produto aplicado,  o ideal é associarmos os injetáveis com tecnologias que ajudam a reduzir manchas, rugas, linhas de expressão e flacidez da pele. O Ultrassom Microfocado, por exemplo, é indolor, não deixa marcas e faz um lifting facial na pele, que a deixa muito mais firme e rejuvenescida. Já com os lasers fracionados conseguimos reduzir manchas, uniformizar e melhorar a qualidade da pele.

E já que estamos falando dessa tendência da Naturalização Facial, não posso deixar de citar uma das melhores substâncias para rejuvenescimento, além da já conhecida toxina botulínica: os bioestimuladores de colágeno. Existem várias opções, com diferentes substâncias, como o Ácido Hialurônico, Ácido Polilático e até com uma composição retirada do DNA do Salmão. O melhor desses injetáveis é que eles estimulam naturalmente um componente que já faz parte da nossa pele, que é o colágeno, mas que, com os anos, tem sua produção reduzida. Ou seja, com certos cuidados, a gente consegue resgatar a aparência jovem daquele rosto, sem exageros.

É importante ter em mente que a beleza de cada pessoa é única e deve ser preservada. Sim, a harmonização é uma opção para quem quer estar sempre de bem com o espelho, mas é preciso ter cuidado para não perdermos nossa identidade.

Felizmente, presenciamos casos em que as pessoas que realizam procedimentos estéticos ficam superfelizes, e isso é ótimo, porque influencia demais na autoestima e na autoconfiança de cada um. O problema é quando a pessoa não gosta do resultado por ser uma mudança muito agressiva. E se hoje em dia, já existem opções que conseguem entregar resultados mais naturais, por que não seguir essa tendência?

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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