Jornalista de A Gazeta há 10 anos, está à frente da editoria de Esportes desde 2016. Como colunista, traz os bastidores e as análises dos principais acontecimentos esportivos no Espírito Santo e no Brasil

Bagunça fica para trás e Seleção Brasileira volta a ser competitiva

Após dois amistosos sob o comando de Dorival Júnior ficou claro que o Brasil não é terra arrasada. Há talento e muito potencial. Obviamente a engrenagem precisa de ajustes, mas o futuro já não se mostra tão ruim

Brasil ganou novo fôlego com a chegada de Dorival Junior e a esreia de várias caras novas
Brasil ganhou novo fôlego com a chegada de Dorival Junior e a esreia de várias caras novas. Crédito: Rafael Ribeiro/CBF

Depois da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) desperdiçar dois anos do ciclo da Copa do Mundo 2026 com várias decisões equivocadas que passaram por dividir o trabalho de Fernando Diniz entre a Seleção Brasileira e o Fluminense, e por uma espera estéril por Carlo Ancelotti, finalmente há um caminho no horizonte. Dorival Júnior estreou no comando do Brasil com uma vitória e um empate, mas independentemente dos resultados, existe a certeza de que há potencial e margem para evolução.

O ambiente da Seleção ganhou uma oxigenação. Rodrigo Caetano estreou como o novo coordenador de seleções, Leila Pereira foi a chefe da delegação, Dorival, novo treinador e com outras ideias de jogo, e as estreias de vários convocados querendo agarrar a oportunidade de vestir a amarelinha. O que é importante para mostrar que não tem lugar cativo e haverá disputa por vagas.

Tudo isso refletiu em duas apresentações competitivas. O Brasil foi muito bem na vitória contra a Inglaterra, e soube ser reativo diante da Espanha, que ainda contou com dois pênaltis no mínimo discutíveis, para não dizer mal marcados.

Trata-se de um início de trabalho, mas os prós são maiores que os contras neste pontapé inicial. Bento foi muito bem no gol, Danilo é um lateral seguro para esta geração, Fabrício Bruno e Beraldo vão disputar posição em um elenco que não pôde contar com Militão e Marquinhos. Wendel ganhou pontos importantes na lateral-esquerda.

No meio-campo, jogadores que vivem boa fase no Campeonato Inglês mostraram que pedem passagem. João Gomes, Bruno Guimarães, Douglas Luiz, Paquetá, Andreas Pereira provaram que merecem estar no grupo. André também não pode ser descartado. Falta achar agora um meia mais criativo e com poder de definição.

No ataque, Vini Jr. e Rodrygo são indiscutíveis. Raphinha visivelmente destoa da equipe. Está muito mal. Endrick marcou dois gols e selou seu lugar entre os convocados. Savinho, Galeno e outros vão ter que correr atrás e se provarem nos seus clubes.

A bagunça que vimos nos últimos dois anos ficou para trás. O caminho a ser percorrido é longo e desafiador: recuperar a moral nas Eliminatórias, fazer uma boa Copa América e chegar forte na Copa do Mundo. Não será fácil, mas há esperança no horizonte.

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