Jornalista de A Gazeta há 10 anos, está à frente da editoria de Esportes desde 2016. Como colunista, traz os bastidores e as análises dos principais acontecimentos esportivos no Espírito Santo e no Brasil

Artilheiro, rei da resenha e quase vilão: a trajetória de ouro de Richarlison

Se você acompanhou o futebol nas Olimpíadas, em algum momento você notou o brilho do atacante capixaba que está sempre sob os holofotes

Vitória / Rede Gazeta
Publicado em 07/08/2021 às 16h44
Brasil vence a Espanha e fatura a medalha de ouro nas Olimpíadas de Tóquio
Richarlison brilhou nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Crédito: Vitor Jubini

Peça fundamental na Seleção brasileira que conquistou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Tóquio, Richarlison colecionou momentos ao longo de sua trajetória na competição. Teve de tudo: artilharia, resenha, zoeira com alemães e argentinos, momento garçom e gols perdidos que poderiam ter deixado a vida do Brasil muito mais fácil na final em que venceu a Espanha por 2 a 1, na manhã deste sábado (07), no Yokohama International Stadium.  

O atacante capixaba chegou à Seleção Olímpica após o corte do atacante Pedro, que não foi liberado pelo Flamengo. Richarlison queria disputar as Olimpíadas e pediu ao Everton para liberá-lo,  brigou no clube por isso,  e desde o início mostrou que queria vestir a camisa amarela, mesmo tendo disputado recentemente a Copa América.

Logo no primeiro jogo, o Pombo deixou bem claro que não estava para brincadeira: três gols em cima da Alemanha para encaminhar a vitória por 4 x 2 sobre os rivais e abrir de maneira categórica a campanha do Brasil em Tóquio. Na sequência um jogo tímido contra a Costa do Marfim, mas logo depois mais um jogo de matador. Colocou duas bolas nas redes da Arábia Saudita e garantiu a vitória do Brasil por 3 a 1.

RESENHA E ZOEIRA

Richarlison marcou o gol que garantiu a vitória do Brasil sobre a Arábia Saudita
Richarlison marcou os gols que garantiram a vitória do Brasil sobre a Arábia Saudita. Crédito: Vitor Jubini

Após a vitória sobre a Arábia Saudita, que classificou o Brasil às oitavas de final, Richarlison tirou onda com alemães e argentinos, eliminados precocemente na primeira fase das Olimpíadas. "No mata-mata, independente do time que vir, a gente vai estar mais entrosado ainda. Vamos comemorar hoje à noite. Ainda mais com Alemanha fora, que é felicidade em dobro", brincou. E depois ainda postou vídeos em suas redes sociais em que falava "tchau, hermanitos" ao lado de outros jogadores da Seleção. 

Richarlison estava tão impossível que sobrou até para Juliette Freire. A sister que venceu o Big Brother Brasil 2021 postou nas redes sociais que estava surpresa com a quantidade de atletas bonitos que estavam disputando as Olimpíadas. Foi a deixa que Richarlison precisava para aprontar mais uma das suas. Ele respondeu Juliette com uma foto e levou a internet à loucura.

GARÇOM

Veio o primeiro jogo do mata-mata: Brasil x Egito. Uma partida disputada e ruim para o Brasil, que viu o Egito se concentrar na retranca e fechar todos os espaços. Mas foi em uma jogada de Richarlison que a Seleção conseguiu chegar ao gol. Ele recebeu na área e deu um belo passe para Matheus Cunha definir para as redes. Nesse dia, o atacante capixaba se mostrou disposto a ajudar a Seleção em qualquer função. 

“É o que eu venho fazendo durante a competição e sempre venho falando. Quando não der para fazer gol, vou ajudar com assistência ou com carrinho, onde o professor Jardine precisar. Estou preparado para tudo e vou entregar o meu máximo", afirmou o Pombo.

GOLS PERDIDOS NA FINAL, MAS OURO MAIS QUE MERECIDO

Brasil e Espanha se enfrentam pela final do futebol masculino das Olimpíadas de Tóquio
Brasil e Espanha se enfrentam pela final do futebol masculino das Olimopi. Crédito: Vitor Jubini

Após ser decisivo na vitória sobre o Egito, Richarlison teve jogo discreto diante do México na semifinal, mas voltou a ser protagonista na decisão frente à Espanha. Aos 35 minutos, o goleiro espanhol Unai Simon saiu atabalhoado do gol e atropelou o atacante Matheus Cunha. Com o auxílio do VAR, o árbitro australiano Chris Beath assinalou pênalti. Richarlison assumiu a responsabilidade da cobrança, mas bateu para fora, isolou. 

No segundo tempo, quando o Brasil já vencia o jogo por 1 a 0, o atacante capixaba teve boa chance para deixar a vida do Brasil mais tranquila no jogo. Ele recebeu em velocidade dentro da área, deixou o zagueiro rival no chão, mas a finalização bateu no goleiro e depois caprichosamente no travessão. Não era o dia do gol do Pombo, mas quem liga, os gols perdidos não fizeram falta e a Seleção se tornou bicampeã olímpica. 

O saldo de Richarlison é muito positivo. Primeiro mostrou vontade e raça para vestir a camisa amarela, decidiu jogos importantes, foi o artilheiro das Olimpíadas de Tóquio e acrescentou muito ao elenco do técnico Jardine. Medalha de ouro muito merecida para um dos protagonistas do Brasil nesta edição das Olimpíadas.

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