Jornalista de A Gazeta há 10 anos, está à frente da editoria de Esportes desde 2016. Como colunista, traz os bastidores e as análises dos principais acontecimentos esportivos no Espírito Santo e no Brasil

Acabou antes mesmo do fim! O Vasco correu atrás de seu 4° rebaixamento

Ainda falta uma rodada, mas situação do time cruz-maltino se mostra irreversível. Resta encarar a dura realidade

Vitória / Rede Gazeta
Publicado em 22/02/2021 às 02h00
Atualizado em 22/02/2021 às 02h04
Vasco
Jogadores do Vasco ficaram desesperados após o empate que encaminhou o rebaixamento. Crédito: Marcello Zambrana/Agif

Matematicamente, o Vasco ainda não está rebaixado para a Série B do Campeonato Brasileiro. Mas para evitar o descenso precisa de uma vitória por pelo menos 12 a 0 sobre o Goiás, na última rodada do Brasileirão, e ainda torcer para uma derrota do Fortaleza. Um cenário que não vai se concretizar. O discurso de Vandelei Luxemburgo após o empate em 0 a 0 com o Corinthians na tarde deste domingo (21) já foi bem claro ao falar em reconstrução. Todos já aceitam o triste fim.

A uma rodada do fim do Brasileirão, o Vasco vê o fim trágico no horizonte: o quarto rebaixamento de sua história. Sinônimo de vergonha e humilhação para um clube com uma das mais ricas histórias do futebol brasileiro e dono de uma torcida apaixonada, que mesmo sem ter momentos felizes há anos, permanece fiel.

O Cruz-Maltino não tem um elenco para ser rebaixado. Se não possui um time dos sonhos, deveria ao menos chegar ao meio da tabela. Mas insistiu em seguir à risca a cartilha que leva à degola. Demitiu o técnico Ramon Menezes, que mesmo com alguns equívocos, foi quem ,mais conseguiu extrair algo dos jogadores. Depois apostou no português Ricardo Sá Pinto, que teve uma passagem terrível à frente do elenco. E por último acertou com Vanderlei Luxemburgo, único que aceitou comandar o Vasco sem nem receber salário.

Se houve dificuldade no comando, dentro de campo não foi diferente. Vários jogadores do elenco não têm condições de vestir a camisa do Vasco e outros já deviam ter encerrado seus ciclos no clube. Benitez e Cano são as referências do time e estão acompanhados de alguns que podem ter seus momentos, como Talles, Bruno Gomes, Leo Matos e outros. Até Castán, que sempre foi um dos pilares da equipe, fez uma péssima temporada.

Em determinado momento do campeonato, o Vasco se apequenou e achou normal ser goleado. Sofreu derrotas elásticas para Atlético-MG (4 x 1), Bahia (3 x 0), Ceará (4 x 1), Grêmio (4 x 0), Athletico-PR (3 x 0), Bragantino (4 x 1) e Fortaleza (3 x 0). O time não mostrava reação, ficava extremamente abatido em campo. O Cruz-Maltino também deixou muitos pontos para trás contra rivais diretos. Perdeu para o Coritiba, em casa, por exemplo, jogo que escancarou a péssima fase.

Somado a todos estes percalços, os bastidores não ajudaram nem um pouco. Salários atrasados, crise financeira, poucos patrocinadores e eleição conturbada, que parecia não ter fim. O extra-campo em nada ajudou. No meio do caminho, a jornada vascaína já apontava que seu fim não seria dos melhores. Na próxima quinta-feira (25), o jogo contra o Goiás encerra o Brasileirão do Vasco da pior forma possível.

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