É Fisioterapeuta, acupunturista e especialista em avaliação e tratamento de dor crônica pela USP. Entende a saúde como um estado de equilíbrio para lidar com as adversidades da vida de forma mais harmônica

E se formos altruístas?

Se no egoísmo a preocupação está em não perder nunca, quando abnegamos e pensamos no próximo, além de não perder, ganhamos

Publicado em 22/02/2021 às 02h00
Mulheres conversando
Em ações simples é possível o benefício mútuo, como escutar o desabafo de um conhecido. Crédito: Freepik

Estamos falando da saúde da humanidade. Humanidade esta que se encontra adoecida com tanto egoísmo. Pessoas que em plena pandemia questionam o uso da máscara, pois já contraíram a “gripezinha”, que não evitam mais o contato físico em festas sem pensar naqueles que os aguardam em casa, nos que condenam a vacina sem pensar no benefício coletivo.

Incontáveis vezes observamos a falta de zelo com o outro. Basta observar os comportamentos no trânsito, como cuidamos dos nossos idosos no transporte coletivo, quais os interesses dos nossos representantes no governo. Cada um no nível que pode, quer garantir seu próprio bem-estar. Malandramente. Erroneamente.

O egoísmo que causa esse adoecimento epidêmico que vivemos começa afetando quem pratica. E se formos altruístas? Se formos desprendidos? Se formos humanitários? E se formos caridosos? Se no egoísmo a preocupação está em não perder nunca, quando abnegamos e pensamos no próximo, além de não perder, ganhamos.

Caridade é uma enxurrada de saúde. Cada vez que você acende uma vela para alguém, o primeiro a ser iluminado é você. Não se preocupar com uma contrapartida para praticar uma ação pelo outro é a maior forma de receber uma contrapartida. É na caridade que nos encontramos em franca cidadania, se não, a filantropia vira “pilantropia”.

A generosidade ao bem social se traduz em saúde. Dar suporte social tem efeitos positivos nas áreas do cérebro envolvidas em respostas ao estresse e à recompensa. Fornecer apoio, assim como recebê-lo, pode trazer benefícios à saúde física e mental. Desta forma, ao defender os cuidados a saúde, o isolamento físico, a disseminação e uso da vacina, estamos ajudando mais a nós mesmos que ao resto da humanidade. E ela agradece.

Em ações simples é possível o benefício mútuo, um carinho na coletividade:

  • Doe seu tempo (faça isso de forma genuína!)
  • Realize-se com a felicidade de um amigo!
  • Evite julgamentos (se não conhece profundamente, corre o risco de estar sendo preconceituoso)
  • Ouça aquele desabafo (ouvir e escutar são coisas diferentes!)
  • Esteja pronto para oferecer ajuda (que tal dar carona a um vizinho ou ajudar consumindo produtos da comunidade local?)
  • Atente-se para os problemas e crises do mundo (o planeta é sua casa também!)

Se historicamente fazer pelo outro servia para a salvação da alma, que hoje enxerguemos o altruísmo como a cura para o vírus que assola o mundo, e não estou falando da Covid-19.

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