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101, 262, ferrovia... Alckmin não promete soluções, mas apoio ao ES

Em reunião no Palácio Anchieta, Renato Casagrande e Ricardo Ferraço listaram as principais travas que atrapalham o desenvolvimento do Espírito Santo

Publicado em 28/07/2023 às 03h50
Geraldo Alckmin, Vice Presidente da Republica participando do Evento da Findes, em Vitória
Geraldo Alckmin, vice-presidente da República, participando do evento da Findes, em Vitória. Crédito: Ricardo Medeiros

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, esteve, na manhã desta quinta-feira (27), no Palácio Anchieta para uma reunião de trabalho com o governador Renato Casagrande e com o vice-governador Ricardo Ferraço. Nela, os mandatários do Estado listaram as principais travas que atrapalham o desenvolvimento do Espírito Santo: BR 101, BR 262, ferrovia até o Rio, oferta competitiva de gás natural e a falta de uma regulação para a geração de energia eólica no mar estão entre os assuntos que foram conversados.

Casagrande e Ferraço levaram para Alckmin a necessidade de o Estado ser competitivo para atenuar as perdas que pode ter com a aprovação da reforma tributária. "O Espírito Santo, com o fim dos incentivos fiscais, perde atratividade e a consequência disso pode ser cruel na nossa atividade econômica. Por isso, precisamos ser competitivos, ter boa infraestrutura, enfim, temos de ter condições para atrair empresas sem o incentivo. Muito disso depende do governo federal, o ponto fundamental é esse", explicou Ricardo Ferraço.

Geraldo Alckmin ouviu com atenção, mas não prometeu soluções objetivas. Disse que seria um aliado do Estado em Brasília. "O vice-presidente é próximo do governador, são do mesmo partido (PSB), não prometeu soluções, mas será um aliado nosso lá no Planalto. Estamos fazendo alianças em busca de nossos objetivos. Já conversamos com o (presidente) Lula, com o (ministro da Casa Civil) Rui Costa, com o (ministro dos Transportes) Renan Filho, agora com o Alckmin, enfim, estamos levando a nossa agenda e apontando possíveis soluções".

Sobre a 262, a expectativa é de que a ampliação da rodovia entre no PAC (Programa de Aceleração de Crescimento) 3, que deve ser lançado no começo de agosto. A ideia é que faça parte de uma PPP (Parceria Público-Privada) ou concessão patrocinada (com a União colocando recurso extra para a obra sair do papel).

Na 101, o Tribunal de Contas da União deve liberar, nas próximas semanas, uma renegociação entre ANTT e EcoRodovias. Com isso, há uma grande confiança de que haverá um acordo e que a concessão, de maneira adequada, seguirá seu rumo.

O quadro do gás natural no Estado, com as unidades de tratamento construídas pela Petrobras na primeira década deste século (em Linhares e Anchieta) completamente ociosas, foi mostrado ao vice-presidente. Segundo ele, o tema é prioridade no governo federal, já que o gás é tratado como um combustível de transição entre o petróleo e os renováveis. "Precisamos de mais oferta e melhores preços", disse Alckmin.

Na ferrovia, o vice-presidente foi informado de que a Vale irá fazer, até 2030, o trecho entre Santa Leopoldina e Anchieta, e vai entregar o projeto até a divisa com o Rio. O desafio agora é fazer a obra pelo menos até o porto de Açu, em São João da Barra.

Sobre a regulamentação para a instalação de pás eólicas no mar, Alckmin afirmou que o projeto que está no Senado, de autoria do atual presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, será apoiado pelo governo. Várias empresas, inclusive aqui no Estado, estão com projetos prontos, esperando apenas as regras para tirarem os investimentos (centenas de bilhões de reais) do papel. 

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