Além dos artistas que desfilaram no Sambão do Povo, a maior parte deles na Boa Vista, personagens comuns, do dia a dia, marcaram a noite de sábado (15) e a madrugada de domingo (16) do Carnaval de Vitória. Teve padre com samba no pé, idoso que superou uma arritmia e até um carnavalesco homenageou a morte da mãe, que faleceu uma semana antes do desfile.
Aos 68 anos, padre Dário Ferreira da Silva era só empolgação no Sambão do Povo. O sacerdote, que ama o Carnaval, desfilou pela Unidos de Jucutuquara. Ele era pároco na Paróquia Nossa Senhora das Graças, em Jucutuquara, e atualmente está à frente de uma igreja em Belo Horizonte, em Minas Gerais.
"Deus nos chama a viver alegria e Carnaval é alegria, sempre aproveitando com responsabilidade", conta o sacerdote, que diz ter um bom gingado.
"A gente começa com o dedinho e depois vai sendo levado pela alegria do desfile", comentou Dário, que veio no segundo carro sobre sábios da cultura e folclore capixaba, principalmente o Congo.
Carnavalesco da Boa Vista, Robson Goulart perdeu a mãe poucos dias antes do desfile no Sambão do Povo. Ela, que estava em tratamento contra um câncer, não resistiu a doença.
"Decidi desfilar porque foi um pedido dela, que eu continuasse em frente. Não foi fácil, mas é uma forma de homenageá-la, já que ela gostava muito de carnaval", comentou o carnavalesco na dispersão, em entrevista para A Gazeta.
Já para o aposentado Francisco dos Santos Filho, conhecido Fitico, a palavra superação marcou o carnaval. Um susto quase o tirou do desfile da São Torquato.
O aposentado, de 68 anos, desmaiou durante um ensaio na quadra da escola em 2019. Ele foi diagnosticado com arritmia cardíaca e recebeu liberação do médico para desfilar três dias antes do Carnaval de Vitória.
"Uma emoção muito grande porque amo essa escola. Não poderia ficar de fora do carnaval. Tive tipo um ataque cardíaco na hora de coroar a rainha, caí e fiquei desacordado por 30 segundos", lembra ele.
O aposentado saiu na ala da Velha Guarda, sobre os Guardiões dos Saberes, com uma fantasia representando a magia. "O coração vai aguentar e, desta vez, sem susto", brincou o aposentado.
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