Se você, morador e conhecedor do Espírito Santo, encontrasse com alguém pedindo informação para ir até "51", saberia dizer para onde essa pessoa deve ir? A alcunha não é um código e nem "uma boa ideia", é um apelido dado à cidade de Governador Lindenberg, no Noroeste do Estado, que está ligado à origem da cidade. Nesta "Capixapédia" (veja o vídeo acima), explicamos o motivo.
Segundo informações no site da prefeitura de Governador Lindenberg, a ocupação da região onde hoje está o município começou por volta de 1920, com a chegada da Companhia Territorial. Na época, o lugar se chamava “15 de Novembro” e era distrito de Colatina. A área foi dividida em lotes e entregue a famílias descendentes de italianos e alemães vindos de outras partes do Espírito Santo.
Para marcar os terrenos que tinham cerca de 40 hectares, eles usavam estacas numeradas. A que ficou na cidade era a de número 51. Apelido que pegou e é usado até hoje. A Companhia Territorial atuou até 1932, mas muitos lotes acabaram devolvidos por conta das doenças da época, — como o impaludismo (tipo de malária)—, que afastavam os interessados.
O primeiro morador da atual sede foi Artur Ramos de Andrade, que veio da Bahia em 1928 e construiu uma casa e um moinho movido à água. Ele vendeu o terreno em 1942 e voltou para a Bahia. A ocupação avançou com dificuldade, porque os primeiros moradores enfrentaram doenças, isolamento, falta de mantimentos e muito esforço físico. As casas eram feitas de bambu, tijolo cru e cobertas com palha ou “tabuinhas”.
Origem do nome atual
Também de acordo com as informações no site da prefeitura municipal, partir de 1946, “51” passou a se chamar Governador Lindenberg, homenagem prestada pela Câmara Municipal de Colatina ao então governador do Estado, Carlos Fernando Monteiro Lindenberg, pelos benefícios à população, como iluminação e estradas, reivindicação antiga e necessária. Ele foi também o primeiro governador a visitar o município.
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