Publicado em 20 de junho de 2023 às 15:09
SÃO PAULO E BRASÍLIA - A sessão da CPMI do 8 de janeiro chegou a ser suspensa por 15 minutos nesta terça-feira (20) após um bate-boca generalizado. Interrompida diversas vezes enquanto interrogava Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), a relatora dos trabalhos, Eliziane Gama (PSD-MA), mandou o deputado federal bolsonarista Éder Mauro (PL-PA) calar a boca. >
"Vá gritar em outro lugar, aqui não. Cale sua boca. Respeite essa comissão. Cale a boca. Não vou aceitar isso na comissão", afirmou a senadora, reclamando que Mauro não é sequer membro da CPI mista.>
Diretor-geral da PRF no governo de Jair Bolsonaro, Vasques afirmou à CPI que a corporação é alvo da "maior injustiça" da história e negou que a corporação tenha atuado para prejudicar eleitores de Lula no dia do segundo turno das eleições.>
Primeiro depoente da CPMI, Vasques foi convocado por causa das fiscalizações em rodovias federais no segundo turno das eleições. A suspeita é a de que, sob comando dele, a PRF tenha tentado dificultar a chegada de eleitores do hoje presidente e então candidato Lula às urnas.>
>
"Isso não é verdade. Porque é no Nordeste brasileiro é que temos nove Estados, nove superintendências. Temos a maior estrutura da PRF no Brasil, a maior quantidade de unidades da PRF", afirmou em depoimento.>
"Nos Estados do Nordeste estão lotados o maior efetivo da instituição [PRF] e lá está a maior malha viária de rodovias federais. O maior número de acidentes e a maior frota de ônibus no Brasil", completou, negando que a corporação tenha tentado atrapalhar eleitores.>
Desde o ano passado, o ex-diretor da PRF é investigado por três atos, todos relacionados a um possível favorecimento ao ex-presidente Bolsonaro durante a campanha eleitoral. Ele foi exonerado do cargo no dia 20 de dezembro.>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta