Publicado em 24 de outubro de 2022 às 14:11
BRASÍLIA - O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes, determinou nesta segunda-feira (24) a remoção de publicações do deputado federal André Janones (Avante-MG) que acusam o presidente Jair Bolsonaro (PL) de ter apoiado o ataque a tiros de Roberto Jefferson (PTB) contra agentes da PF (Polícia Federal).>
O ministro determinou que Janones deve pagar multa de R$ 100 mil por dia se voltar associar Bolsonaro ao ataque do petebista. Moraes atendeu a um pedido da campanha de Bolsonaro.>
O chefe do Executivo argumentou ao TSE que o deputado fez uma série de publicações com informações falsas, "de forma vil e com o intuito de se aproveitar de uma situação abominável para angariar votos".>
Em um dos posts, Janones disse que Bolsonaro saiu "em defesa" de Jefferson "após ele atirar contra policiais". Em outro, afirmou que o petebista é "um dos coordenadores da campanha de Bolsonaro".>
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Moraes disse que as publicações tentam desinformar o eleitorado sobre a posição de Bolsonaro a respeito do ataque. "Em suas postagens, na data de hoje, Jair Messias Bolsonaro afirmou repudirar os atos criminosos cometidos", escreveu o ministro.>
O aliado bolsonarista e político de extrema direita foi preso pela Polícia Federal depois de tentar resistir à ordem judicial, disparar mais de 20 tiros de fuzil e lançar duas granadas contra os agentes. Dois deles ficaram feridos, mas sem gravidade.>
Bolsonaro e seu entorno tentaram ao longo do domingo (23) afastar da imagem do presidente e fazer do episódio um gesto de apoio a policiais.>
O TSE adotou linha mais dura contras as fake news na reta final de campanha.>
Apenas entre domingo (23) e segunda-feira (24), os ministros do tribunal vetaram a campanha de Bolsonaro de afirmar que Lula tem ligação com o tráfico, também derrubaram propaganda do chefe do Executivo no rádio que chama o petista de "ladrão".>
Ainda mandaram as redes sociais removerem publicações que divulgavam a informação falsa de que Lula teria beijado crianças na boca.>
Em outra decisão, o tribunal mandou derrubar dois sites criados pela campanha de Lula contra Bolsonaro, mas que não haviam sido registrados na Justiça Eleitoral.>
Moraes ainda ainda mandou apagar das redes sociais de Simone Tebet (MDB) um vídeo em que ela chama Bolsonaro de pedófilo devido à fala do próprio presidente de que "pintou um clima" entre ele e meninas venezuelanas.>
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