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STF não está legislando nem regulando as plataformas digitais, diz Barroso

STF não está legislando nem regulando as plataformas digitais, diz Barroso

Presidente do Supremo diz que ministros não podem se recusar a julgar os casos que chegam ao Tribunal: "Nada tem de invasão à competência de outros Poderes"

Publicado em 4 de junho de 2025 às 17:44

BRASÍLIA - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou que a Corte não está "legislando nem regulando, em caráter geral, abstrato e definitivo, as plataformas digitais".

A fala foi feita no início da sessão do plenário desta quarta-feira (4), em que o Supremo vai retomar o julgamento sobre a responsabilização das redes sociais por conteúdos ilícitos publicados pelos usuários. Barroso disse que é preciso esclarecer o tema às pessoas de "boa-fé" para que "possam compreender exatamente do que se trata".

"Num regime de separação de Poderes, como é a democracia brasileira, é o Legislativo que legisla, que cria as leis, o Executivo aplica essas leis e presta serviços públicos, e o Judiciário aplica a lei para solucionar litígios trazidos pelas partes. E é exatamente isso que estamos fazendo aqui, decidindo casos concretos em que existiram litígios, pessoas que se sentiram lesadas em seus direitos e procuraram o Judiciário em busca de reparação", disse o ministro.

Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF)
Barroso disse que a palavra final sobre a regulação das redes sociais caberá ao Congresso Crédito: Antonio Augusto/STF

Barroso também repetiu que a palavra final sobre o tema caberá ao Congresso, caso regulamente o tema de forma compatível com a Constituição. "Deixando claro, os critérios adotados pelo tribunal só prevalecerão até que Congresso legisle, se e quando entender que deve legislar. Quando o Congresso legislar a respeito, é a vontade do Congresso que prevalecerá, desde que compatível com a Constituição", reiterou.

De acordo com Barroso, os ministros não podem se recusar a julgar os casos que chegam ao Tribunal. "É nosso dever a nada tem de invasão à competência de outros Poderes e muito menos sobre censura. Estamos discutindo responsabilidade civil", disse

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