Publicado em 25 de agosto de 2022 às 16:57
RIO DE JANEIRO - Fazendeira e ruralista, a candidata do MDB à Presidência, Simone Tebet disse nesta quinta-feira (25) ser a favor da demarcação de terras indígenas e defendeu que isso ocorra com estudo antropológico. "Sou contra a invasão dessas áreas antes, seja por uma lado, seja por outro", disse ela em sabatina realizada pelos jornais Valor Econômico e O Globo, e pela rádio CBN. >
Tebet ainda prometeu que, em um eventual governo, vai promover "desmatamento ilegal zero na Amazônia". Sob a gestão de Jair Bolsonaro, o país registrou os maiores índices de desmatamento dos últimos 15 anos.>
A emedebista disse, ainda, que sua candidatura tem o objetivo de "acabar com a polarização". Colocada com a candidata da chamada terceira via, ela tem apoio do PSDB, Podemos e Cidadania. "A polarização ideológica que está levando o Brasil para o abismo através de um radicalismo, de um populismo, de um extremismo, e de um personalismo, que é muito mais grave", disse, referindo-se ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).>
Para Simone Tebet, é preciso debater propostas e o País e, segundo ela, os dois primeiros colocados não estão fazendo isso. "Na realidade é um projeto muito mais de poder, do que de Pais", acusou.>
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A senadora está em quarto lugar nas principais pesquisas de intenção de voto, atrás também de Ciro Gomes (PDT). Sobre isso, ela reconheceu ser desconhecida do eleitorado, mas disse que "pesquisa é uma fotografia e nenhum voto foi depositado na urna" "Nós temos uma campanha eleitoral de 35 dias para nos apresentar ao Brasil".>
Reconhecendo já ter sido a favor da reeleição, Simone Tebet prometeu que vai protocolar no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e no Congresso Nacional um documento em que se compromete a não buscar um novo mandato caso consiga se eleger em outubro. >
"Em uma semana, se esse documento não estiver protocolado no TSE, podem abrir processo de impeachment por improbidade, falso testemunho, por mentira, estelionato eleitoral", afirmou na sabatina.>
A senadora disse que passou a ver a possibilidade de recondução como "uma escalada de ganância de poder", citando que para continuar no Executivo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva Lula (PT) "criou o mensalão e o petrolão", enquanto sua sucessora, Dilma Rousseff (PT) "quase quebrou estatais e o presidente Jair Bolsonaro (PL) articulou o Orçamento Secreto".>
Ao criticar especificamente o Orçamento Secreto, a candidata à Presidência pelo MDB disse que "as portas do Palácio do Planalto" estarão abertas aos órgãos de fiscalização caso seja eleita. Para a senadora, o problema do Orçamento Secreto não são as emendas pagas aos parlamentares, previstas constitucionalmente, mas a falta de transparência.>
"São as emendas de relator que permitiram o Orçamento Secreto. Não existe Orçamento Secreto fora dessas emendas. Na realidade, o que nós temos que fazer, é dar transparência. O político só tem medo de uma coisa: o povo vai dizer. Quando você der transparência, com uma caneta, para o Orçamento Secreto, vai ver quem realmente levou esse dinheiro, se esse dinheiro foi bem aplicado, sem nenhum problema", disse ao responder questionamentos sobre o tema na sabatina.>
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