Publicado em 29 de agosto de 2022 às 21:05
SÃO PAULO - O Rio de Janeiro registrou a primeira morte por varíola dos macacos, também conhecida como monkeypox, nesta segunda-feira (29). Este é o segundo caso no Brasil em um intervalo de um mês.>
Segundo informou a SES (Secretaria de Estado de Saúde), o paciente de 33 anos estava internado no Hospital Ferreira Machado, em Campos dos Goytacazes. O homem apresentava comorbidades e baixa imunidade, o que agravou o quadro e o levou à UTI (Unidade de Terapia Intensiva).>
A primeira morte registrada no país foi no dia 28 de julho, em Minas Gerais. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, um homem de 41 anos, natural de Uberlândia (MG), morreu em um hospital de Belo Horizonte.>
No Rio, já são 611 casos confirmados de monkeypox. Outros 474 casos suspeitos seguem em investigação. A secretaria também informou que pessoas que tiveram contato com o paciente que morreu estão sendo monitoradas, mas ainda não apresentaram sintomas.>
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"Desde o primeiro caso suspeito registrado no estado, o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde da SES faz o monitoramento diário dos casos, em parceria com os laboratórios de referência da Fiocruz e da UFRJ e as secretarias municipais de Saúde", diz a nota.>
O último boletim do Ministério da Saúde informou que já foram registrados 4.499 casos da doença no país. São Paulo (2.788), Rio de Janeiro (578), Minas Gerais (253), Distrito Federal (168) e Goiás (189) são os cinco estados com mais registros.>
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou nesta segunda (29) dois tipos de testes moleculares para identificar a varíola dos macacos. A decisão é "imediata e emergencial" para os kits da unidade Bio-Manguinhos, da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).>
A autorização ocorre após solicitação conjunta da Secretaria de Vigilância em Saúde, que é do Ministério da Saúde, e do Instituto Bio-Manguinhos/Fiocruz.>
A agência ressaltou que os testes "ainda encontram-se em análise para aprovação de registro" e que "até o presente momento, não existe nenhum teste de diagnóstico comercial com registro aprovado na Anvisa".>
Dentre os fatores que levaram à decisão para os testes, em caráter emergencial, estão "a atual situação epidemiológica emergencial da infecção por monkeypox no Brasil", limitação de resposta dos laboratórios, estratégias de monitoramento da doença e "o risco associado à demora diagnóstica no que se refere à propagação da doença no país".>
Na sexta-feira (26), a Anvisa aprovou a dispensa de registro para que o Ministério da Saúde importe e utilize a vacina Jynneos/Imvanex contra a varíola dos macacos no Brasil. A agência também deu a mesma autorização para o medicamento Tecovirimat, utilizado no tratamento da doença.>
O Ministério da Saúde lançou no último dia 22 uma campanha de conscientização sobre a doença, informando a população sobre a transmissão, contágio, sintomas e prevenção da "monkeypox".>
Confira abaixo os sintomas mais comuns da doença:>
A transmissão acontece, na maior parte dos casos, por contato físico pele a pele com lesões, ou fluidos corporais, mas, também pode ocorrer através de objetos contaminados por alguém infectado. Importante relembrar que a doença afeta todo mundo, independente de sexualidade, idade ou raça.>
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