Publicado em 25 de janeiro de 2024 às 19:24
BRASÍLIA - O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) negou qualquer utilização ou relação com softwares de espionagem da Abin (Agência Brasileira de Inteligência). O uso da ferramenta FirstMile sob sua gestão à frente da agência é alvo de investigação pela Polícia Federal.>
O ex-diretor do órgão durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) e pré-candidato do PL à Prefeitura do Rio de Janeiro neste ano se pronunciou em entrevista à GloboNews nesta quinta-feira (25).>
Ramagem foi um dos alvos da operação da PF desta quinta (25), autorizada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, que cumpriu mandados de busca e apreensão e de suspensão de exercício de funções públicas de policiais federais envolvidos no uso do software de espionagem FirstMile.>
Os mandados foram cumpridos em Brasília (DF), Juiz de Fora (MG), São João Del Rei (MG) e Rio de Janeiro (RJ).>
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Ramagem é investigado porque os monitoramentos ilegais ocorreram durante sua gestão e por supostamente ter se corrompido para evitar a divulgação de informações sobre o uso irregular do software espião durante sua gestão.>
O ex-diretor da Abin teria sido corrompido por dois oficiais da Abin que ameaçaram divulgar o uso do software espião após a agência cogitar demiti-los em um processo administrativo interno por participação em uma fraude licitatória do Exército.>
Segundo a PF, as provas coletadas na primeira fase da operação mostram que "o grupo criminoso criou uma estrutura paralela na Abin e utilizou ferramentas e serviços daquela agência de inteligência do Estado para ações ilícitas, produzindo informações para uso político e midiático, para a obtenção de proveitos pessoais e até mesmo para interferir em investigações da Polícia Federal".>
Na entrevista dada nesta quinta (25), Ramagem afirmou que nunca utilizou, teve acesso ou sequer teve as senhas da ferramenta FirstMile, e também afirmou que não teve acesso a informações sobre investigações.>
Nas operações desta quinta, a PF encontrou celulares e notebook da Abin em posse de Ramagem.>
"Poderia devolver, mas estavam ali, eu não sabia. Pensei que fossem da polícia federal antigos, que eu tenho direito à custódia, à cautela. Era um telefone antigo, um computador antigo, que estavam ali há mais de anos, sem entrar em qualquer tecnologia da Abin e sem ter contatos com o sistema da empresa", disse à GloboNews.>
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