Publicado em 5 de março de 2018 às 16:36
O empresário Mariano Marcondes Ferraz foi condenado a dez anos e quatro meses de prisão pelo juiz Sergio Moro, acusado de corrupção e lavagem de dinheiro. Ele foi preso em 26 de outubro de 2016 e libertado no dia 3 de novembro do mesmo ano, depois de pagar fiança de R$ 3 milhões. Ferraz era representante da empresa Decal Brasil e foi acusado de pagar US$ 868,4 mil em propinas ao então diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa para renovar um contrato de serviços de armazenagem e acostagem de navios no Porto de Suape, em Pernambuco. O contrato foi assinado em 2006 e recebeu aditivos, permanecendo vigente até 2012. O segundo contrato, de renovação, era válido por cinco anos.>
Ferraz fez os pagamentos para uma conta no banco Lombard Odier, de Genebra, Suíça, cujo titular era um dos genros de Costa, Humberto Sampaio Mesquita.>
Moro reconheceu a confissão como atenuante, mas disse que ela foi parcial e que ele apenas admitiu os pagamentos, alegando ter sido vítima de extorsão. "Ora, confissão não se confunde com colaboração. O condenado apenas admitiu os fatos da imputação, aliás provados documentalmente, sem propiciar elementos probatórios relativos a outros crimes ou de forma a contribuir com a revelação de outros fatos criminosos. Não contribuiu ainda com a formação de prova contra Paulo Roberto Costa e o cunhado deste, uma vez que estes já eram confessos. Então, não cabe reconhecer colaboração", escreveu o juiz na sentença.>
Ferraz deverá cumprir pena em regime fechado e a progressão de regime já é certa, uma vez que ele pagou fiança no valor da propina. O valor da fiança foi confiscado e será devolvido à Petrobras.>
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O empresário morava em Londres desde 2015 e é casado com a atriz Luiza Valdetaro. Ao obter a liberdade e pagar a fiança, ele se comprometeu também a não deixar o país.>
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