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Moraes oficializa condenação e Bolsonaro começa a cumprir pena na PF

Moraes oficializa condenação e Bolsonaro começa a cumprir pena na PF

Ex-presidente permanece na superintendência da Polícia Federal do Distrito Federal; ex-ministros Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira e almirante Garnier são presos

Publicado em 25 de novembro de 2025 às 15:21

 - Atualizado há 10 dias

BRASÍLIA - O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), oficializou nesta terça-feira (25) a condenação definitiva de Jair Messias Bolsonaro (PL) a 27 anos e 3 meses de prisão.

Ele também determinou a prisão dos condenados da trama golpista que ainda estavam em liberdade. Os ex-ministros Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira e o almirante Almir Garnier, réus na mesma ação, foram presos e iniciaram cumprimento da pena à qual foram condenados na mesma ação.

O ex-presidente Jair Bolsonaro é visto através do vidro da sede da Polícia Federal, em Brasí­lia
Jair Bolsonaro é visto através do vidro da sede da Polícia Federal, em Brasí­lia Crédito: Gabriela Biló/Folhapress

O ex-presidente ficará preso no mesmo local onde está detido desde o último dia 22: a Superintendência da Polícia Federal do Distrito Federal.

As decisões são um desfecho de um processo de ao menos oito meses contra o ex-presidente — ele foi tornado réu no caso em março deste ano e declarado culpado em 11 de setembro.

"Certifico que os acórdãos publicados no dia 18 de novembro de 2025 transitaram em julgado em 25 de novembro de 2025 para os réus Alexandre Ramagem Rodrigues, Anderson Gustavo Torres e Jair Messias Bolsonaro", aponta uma determinação do STF que certificou o chamado "trânsito em julgado" em relação a esses condenados.

O trânsito em julgado é o encerramento do processo e a partir de quando a pena começa a ser efetivamente cumprida. Até aqui, Bolsonaro cumpria medidas cautelares e desde o fim da semana prisão preventiva.

O ex-presidente estava em prisão domiciliar até o último sábado (22), quando foi levado para a sede regional da Polícia Federal em Brasília, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF.

A medida preventiva foi tomada sob o argumento de risco de fuga e não como parte da pena imposta a ele por tentativa de golpe de Estado, o que ocorrerá agora, após o trânsito em julgado da ação penal no Supremo sobre o caso.

Dos réus do chamado núcleo central da trama golpista, apresentaram recursos as defesas dos ex-ministros Walter Braga Netto (Casa Civil), Augusto Heleno (GSI) e Paulo Sérgio Nogueira (Defesa) e do ex-chefe da Marinha Almir Garnier.

A defesa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, pediu apenas para ele ficar preso na Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal, onde Bolsonaro também está detido, ou no Batalhão de Aviação Operacional.

O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) deixou o Brasil e foi para os Estados Unidos. Na última sexta (21), Moraes decretou como medida cautelar a prisão do parlamentar para evitar risco à aplicação da lei.

Ramagem argumentou em publicação em rede social que um parlamentar não pode ser preso por uma medida cautelar preventiva.

Ele afirmou que está em situação "regular" e que continuará atuação parlamentar à distância. "Estou regular. Posso, sim, continuar minha atuação parlamentar mesmo à distância como vários de vários partidos fazem também. Estou respaldado na Constituição, nas leis e no regramento da Câmara."

O tenente-coronel Mauro Cid começou a cumprir a pena imposta a ele — a menor do núcleo — no início do mês. Ele retirou a tornozeleira eletrônica durante audiência no Supremo e passou a cumprir sua condenação de dois anos de reclusão.

Atualização
25/11/2025 - 15:50hrs
A reportagem foi atualizada com a informação do início do cumprimento da pena de prisão pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Título e texto foram modificados.

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