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Moraes manda AGU acompanhar processo de extradição de Zambelli

Moraes manda AGU acompanhar processo de extradição de Zambelli

Comunicação formal de prisão de deputada federal na Itália foi feita na quarta-feira (30) pela Interpol

Publicado em 31 de julho de 2025 às 16:52

BRASÍLIA - O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou nesta quinta-feira (31) que a AGU (Advocacia-Geral da União) acompanhe o processo de extradição da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP).

A ordem foi tomada por Moraes após a Polícia Federal comunicar oficialmente ao STF, na quarta-feira (30), sobre a prisão da deputada.

"Considerando a comunicação da prisão da ré condenada Carla Zambelli Salgado de Oliveira na República Italiana, oficie-se à Advocacia-Geral da União para que acompanhe e adote as providências cabíveis e necessárias relacionadas ao processo de extradição da ré", diz o despacho do ministro.

Carla Zambelli, deputada federal
Foragida da Justiça brasileira, Carla Zambelli está presa em Roma desde terça-feira (29) Crédito: Mário Agra/Agência Câmara

Foragida da Justiça brasileira, Zambelli está presa em Roma desde terça-feira (29). Ela passará por audiência de custódia na sexta (1º) que deve confirmar a prisão ou permitir que a parlamentar espere pelo processo de extradição em regime de prisão domiciliar, ou em liberdade.

A comunicação formal da Interpol em Roma sobre a prisão da deputada licenciada só foi emitida na quarta (30). Um ofício com as informações foi enviado para Moraes.

"O ECN (Escritório Central Nacional da Interpol) Roma informou que o Ministério da Justiça italiano foi informado acerca da prisão e aguarda o encaminhamento do devido pedido formal de extradição, juntamente com a documentação oficial no prazo devido e por meio dos canais estabelecidos", diz o delegado Frederico Skora Lieberenz, coordenador-geral substituto de Cooperação Policial Internacional.

Zambelli espera pela audiência de custódia no complexo penitenciário conhecido como Rebibbia, nome do bairro que ocupa na área nordeste de Roma. É um dos três presídios exclusivos para mulheres da Itália e um dos maiores da Europa.

Segundo dados do Departamento de Administração Penitenciária, no fim de junho estavam detidas ali 369 mulheres, quase cem a mais que a capacidade total. A Itália enfrenta uma crise carcerária nos últimos anos, com a terceira pior taxa de superlotação da União Europeia.

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