Publicado em 17 de outubro de 2024 às 06:52
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul prendeu temporariamente Gisele Beatriz Dias, suspeita de matar suas duas filhas gêmeas em um intervalo de oito dias. O crime aconteceu no município de Igrejinha (90 km de Porto Alegre).>
O pai das crianças, que vivia na mesma casa com Gisele e as filhas, esteve na delegacia e prestou depoimento. Ele não é suspeito de envolvimento caso.>
Em entrevista à reportagem, o delegado regional Cléber Lima disse que a suspeita é que as crianças morreram intoxicadas por uma medicação ou um veneno. Médicos que atenderam as duas no hospital também levantaram essa hipótese. >
Uma das crianças, que chamava Manoela, morreu no último dia 7. A outra, Antonia, morreu nesta terça-feira (15).>
>
O delegado disse que não foram encontrados sinais aparentes de violência, mas que as duas apresentaram quadros semelhantes, com parada cardiorrespiratória.>
O IGP (Instituto Geral de Perícias) ainda vai entregar um laudo com a causa da morte, mas não há prazo para que isso aconteça.>
O delegado disse que a mãe passou cerca de 40 dias internada por causa de problemas psiquiátricos. Ela teria retornado para casa há duas semanas. Ela ainda não tem advogados.>
Ainda segundo o delegado, a mulher tinha sido internada após apresentar ideias suicidas. "A Gisele apresentou um quadro de delírio, por conta de um filho assassinado há dois anos. Ela o chamava durante as madrugadas. Ela tinha a fixação de morrer e encontrar esse filho. Também não apresentava afeto em relação aos outros filhos", afirmou ele.>
O comandante do Corpo de Bombeiros Voluntários de Igrejinha, Graciano Ronnau, disse que foi o pai que acionou o socorro nos dois casos. >
Por meio de nota, o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Igrejinha afirmou que não recebeu denúncias ou relatos de maus tratos envolvendo as gêmeas.>
"Tomamos conhecimento da situação pela imprensa e vamos averiguar se houve, por parte do conselho tutelar, a violação do dever legal de proteger as infantes, nos termos da lei, pois não toleramos qualquer violação de direitos", diz a nota.>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta