Com a candidatura barrada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e cinco propagandas eleitorais suspensas pela Corte, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumiu a figura de cabo eleitoral no programa eleitoral de rádio da manhã desta quarta-feira. O líder petista, que está preso em Curitiba pelo caso do tríplex do Guarujá, teve o legado e a força política evocados pelos candidatos do partido ao Senado, Lindbergh Farias, e ao governo do estado, Marcia Tiburi.
Nos últimos dias, o PT teve propagandas eleitorais na rádio e na TV suspensas por ministros do TSE, que enxergaram nas peças a promoção de Lula como candidato mesmo após a declaração de inelegibilidade do plenário. Os petistas, que recorrem do veto à candidatura no Supremo Tribunal Federal (STF), chegaram a descumprir a ordem do TSE, mas têm apresentado ao eleitorado o vice, Fernando Haddad, provável substituto da cabeça de chapa.
Lindbergh foi apresentado como "o candidato do presidente Lula", mas apostou seu tempo em críticas ao governo de Michel Temer e nas promessas de revogar a reforma trabalhista e impedir "que mexam na aposentadoria" de seus eleitores, caso seja eleito.
"Um bom presidente precisa de bons senadores", diz a mensagem de Lula na propaganda do senador. Nas propagandas divulgadas anteriormente, o partido pedia votos para a eleição de presidente.
Marcia Tiburi destacou o legado do governo de Lula para o estado, sobretudo nos investimentos e empregos na indústria naval. A candidata ressaltou que "nunca um presidente cuidou tão bem" do Rio e prometer gerir a administração como ele.
Os demais candidatos elencaram propostas para saúde, educação e segurança pública. Wilson Witzel (PSC) disse que, pelo histórico como juiz federal, "sabe como acabar com a corrupção na saúde". Tarcísio Motta (PSOL) ressaltou que há existem políticos e pediu a confiança do eleitor. Anthony Garotinho (PRP) repetiu o anúncio eleitoral em que ataca o ex-governador Sérgio Cabral e o ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio Jorge Picciani, ambos presos por corrupção, e os relaciona ao adversário Eduardo Paes (DEM).
Dono do maior tempo de propaganda, Paes frisou suas propostas para a segurança pública e prometeu integrar polícias e Forças Armadas, investir em inteligência e atacar fontes de financiamento de facções criminosas. Romário (Podemos) tocou no mesmo tema e focou no policiamento ostensivo nas ruas. Disse que vai diminuir roubos de cargas e de automóveis, por exemplo.
Pedro Fernandes (PDT) ressaltou que vai cortar "gastos desnecessários", como o aluguel de imóveis não usados, e aplicar os recursos em educação e saúde integrais. Indio da Costa (PSD) prometeu ensino técnico profissionalizante no Ensino Médio para combater a evasão escolar.
Na disputa pelo Senado, Eduardo Lopes (PRB) destacou o seu histórico de defesa de municípios do Rio. Miro Teixeira (Rede) ressaltou sua luta contra a impunidade e o apoio às delações premiadas. César Maia (DEM) frisou que a reforma tributária deve ser "a primeira das reformas" para "evitar sacrifícios dos trabalhadores". Declarou ainda que defende a distribuição "mais justa de recursos" entre as cidades do estado. Aspásia (PSDB) acenou para o eleitorado feminino.
Há 500 anos os homens mandam no Brasil, e as mulheres sempre como ajudantes, e nunca como protagonistas. Por que somos excluídas do poder? (...) Sempre soubemos cuidar de nossas famílias, dos idosos, da comunidade, mas agora o jogo virou ressaltou a tucana.
Chico Alencar (PSOL) usou seus segundos para ressaltar que "voto nulo só ajuda corruptos" e pediu que a população dê "cartão vermelho" para esses políticos. José Bonifácio (PDT) trouxe o candidato à Presidência de seu partido, Ciro Gomes, para apoiá-lo nas promessas de reduzir a desigualdade.
Pastor Everaldo (PSC) exibiu o samba de sua campanha, no qual diz atuar pela saúde e pela segurança. Arolde de Oliveira (PSD) voltou a defender o fim da progressão de regime para condenados, e Cyro Garcia (PSTU) só teve tempo de se apresentar aos eleitores.
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