Publicado em 18 de dezembro de 2025 às 15:16
BRASÍLIA - O presidente Lula (PT) afirmou nesta quinta-feira (18) que irá vetar o projeto que reduz penas a envolvidos no 8 de Janeiro e na trama golpista, o que inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele também negou haver qualquer acordo entre governo e Congresso sobre o tema.>
"Ao chegar na minha mesa, eu vetarei", declarou. "Se houve acordo com o governo, eu não fui informado. Se o presidente não foi informado, não houve acordo. E tenho dito que as pessoas que cometeram o crime terão que pagar pelos atos cometidos contra esse país. Nem terminou o julgamento ainda", disse.>
O Senado aprovou nesta quarta-feira (17) o chamado PL da Dosimetria, uma vitória do grupo político bolsonarista. O placar foi de 48 votos a favor do projeto e 25 contra. Como a Câmara já aprovou a proposta, ela segue para sanção presidencial.>
Se entrar em vigor, o projeto poderá, em tese, reduzir o tempo que Bolsonaro passará no regime fechado de cumprimento de pena dos atuais 6 a 8 anos para algo entre 2 anos e 4 meses e 4 anos e 2 meses, dependendo da interpretação. Também influenciará na redução das penas o tempo que Bolsonaro dedicar a trabalho ou estudo, atividades que podem ser usadas para diminuir o período na prisão. A condenação total foi de 27 anos e 3 meses.>
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Após a votação, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), afirmou ter feito um acordo para permitir que a deliberação ocorresse na quarta (17). O senador disse que fez esse acerto sem consultar a cúpula da gestão Lula.>
"Eu não fiz nenhum acordo de mérito. Continuo contra e acho um absurdo o projeto. A única diferença é que se poderia empurrar para a barriga para fevereiro ou votar hoje. Se o presidente vai vetar, agora ou fevereiro dá no mesmo", disse o líder do governo. "Acho melhor um final trágico que uma tragédia sem fim", declarou.>
Lula recebeu jornalistas nesta quinta (18) no Palácio do Planalto para uma entrevista coletiva.>
Ainda nesta quinta (18), Lula deve participar de cerimônia de apresentação dos oficiais-generais promovidos no Clube do Exército, como um de seus compromissos oficiais antes do recesso de final de ano.>
O encontro com a imprensa ocorreu um dia após a reunião ministerial, a terceira e última do ano.>
Nela, o presidente fez cobranças para que seus ministros assumam posições definidas quando se afastarem para disputar cargos no ano que vem, abordou questões internacionais como a crise na Venezuela e criticou a comunicação de seu governo.>
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